​Laboratório de robótica no Paranoá vai ofertar 300 vagas gratuitas

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A comunidade do Paranoá é a primeira a receber e inaugurar um laboratório de robótica do programa Passaporte para o Futuro. De iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti) em parceria com o Instituto Campus Party, o espaço vai ofertar aulas de robótica e tecnologia à população de vulnerabilidade social.

A inauguração do laboratório nesta terça-feira (28) contou com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo; do presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, e outras autoridades e gestores do DF. Ao longo de 2020, o laboratório do Paranoá vai abrir 300 vagas para a população, com turmas compostas de 30 alunos por turno (matutino e vespertino).

“Esse é um programa em parceria entre várias secretarias. Temos certeza que, com os outros programas que nós temos, vamos melhorar a qualidade de ensino no DF e dar oportunidade em outras áreas de emprego, principalmente no que diz respeito a tecnologia. Temos que preparar a massa de estudantes do DF com a consciência da importância da robótica e da tecnologia para que Brasília tenha essa mão de obra no mercado de trabalho”, pontuou o governador Ibaneis Rocha.

Os centros de tecnologia vão conectar crianças e adolescentes de 10 a 18 anos. Nesses espaços, os alunos vão aprender desde a manusear softwares livres e impressoras 3D até construir robôs e drones e conceitos de web design. Nesse primeiro momento o DF terá 13 laboratórios em diferentes regiões administrativas, mas o governador Ibaneis Rocha manifestou a intenção de chegar a 40 unidades.

“O governador Ibaneis Rocha está promovendo em Brasília uma revolução tecnológica. Ele vai capacitar os jovens para as tecnologias do futuro”, destacou Gilvan Máximo. As aulas serão gratuitas e destinadas ao público jovem para inseri-los numa área cada vez mais presente e importante no mundo. Os cursos serão oferecidos em espaços que pertencem às administrações regionais, nos Centro de Juventude – administrados pela Sejus (Secretaria de Justiça e Cidadania) – e demais equipamentos públicos aptos a receber os estudantes.

“Estamos aqui inaugurando o primeiro laboratório. Pela primeira vez um governo faz tantos laboratórios, sendo 13 de uma vez. A nossa intenção é transferir conhecimento tecnológico para jovens entre 10 e 18 anos para que ele possa começar a ter uma renda e ganhar dinheiro na própria comunidade usando a ferramenta tecnológica”, destacou Francesco Farruggia.

Oportunidade

Desmontar brinquedos e criar outros novos despertou a curiosidade de João Marcos Marques desde a infância. Agora, aos 21, ele terá a oportunidade de transmitir o conhecimento adquirido no curso de Engenharia Mecatrônica aos alunos do laboratório de robótica do Paranoá. João será um dos monitores na cidade.

“O que mais vai causar impacto neles é o que não aconteceu comigo, que foi ter acesso a tecnologia perto de casa desde cedo. Hoje posso trazer isso para eles”, afirma João, estudante do 9º semestre de Engenharia Mecatrônica. Para João, a distância sempre foi o maior empecilho para estudar a área de sua paixão. No entanto, com financiamento dos estudos e força de vontade ele faz o deslocamento diário de Planaltina ao Plano Piloto e se aproxima da conclusão do curso.

Quem pode participar

Interessados em participar do programa devem procurar os gestores do laboratório, que fica na sede da administração regional (Praça Central, s/n, lote 1). O critério de seleção dos estudantes será o mesmos usado para o Cadastro Único. As vagas serão destinadas para alunos de baixa renda, sendo 50% delas para o sexo feminino e 50% para o masculino. O Sol Nascente será a próxima cidade a receber um laboratório de robótica, com inauguração ainda essa semana.

Os laboratórios de robótica são mais uma ação integrada do Governo do Distrito Federal com a sociedade civil. Todo o material didático e físico será disponibilizado pelo Instituto Campus Party, maior acontecimento tecnológico do Brasil. O projeto consiste em laboratórios com mobiliário, equipamentos de eletrônica para ensino de robótica, impressora 3D, computadores, material didático e internet de alta velocidade.

As aulas vão ficar a cargo de Organizações de Sociedade Civil (OSC) selecionadas dentro de critérios legais pela secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Os profissionais serão escolhidos e treinados pela Campus Party.

Com informações da Agência Brasília

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