Bares e restaurantes do país sofrem com a restrição do serviço, além da dificuldade para conseguir crédito e manter as contas em dia. Ao atuarem apenas com entregas, boa parte dos comércios lutam para não fecharem as portas.
Os programas de financiamento lançados pelo governo não têm sido suficientes para amenizar a crise no setor de Bares e Restaurantes. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) esclarece que 80% do empresários que atuam no setor já buscaram algum tipo de crédito e, desse total, 81% tiveram o pedido negado.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, afirma que, apesar do Governo Federal tentar ofertar crédito barato aos empresários, essas medidas não têm surtido efeito. Uma das medidas do governo foi o anuncio de uma linha de crédito emergencial voltada a pequenas e médias empresas (com faturamento de R$ 360 mil a R$ 10 milhões), além de uma lei, aprovada no Congresso no dia 24 de abril deste ano, cria uma linha de crédito para auxiliar micro e pequenas empresas durante a crise do novo coronavírus. A medida deve entrar em vigor no decorrer desta semana.
Outro levantamento realizado pela Abrasel revelou que 78% das empresas do setor precisaram renegociar o aluguel, e 62% enfrentam dificuldades com a reposição de estoque. A queda do lucro é um agravante da situação. Para 64% das empresas do setor, houve uma queda de mais de 75% dos lucros em comparação com o período antes da pandemia. Além disso, a associação aponta que 55% dos restaurantes do país estão, hoje, trabalhando apenas com delivery.
A pesquisa apontou ainda que 20% dos bares e restaurantes do país já haviam fechado as portas em definitivo desde o início das medidas de isolamento social, o que acarretou na extinção de, ao menos, 1 milhão de empregos formais. Os pesquisadores estimam que, em um mês, quase 20% dos empresários deverão demitir todos os funcionários.
Com informações do Jornal de Brasília