Conheça o CEO da maior rede de empresários e líderes de Brasília

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Vinícius Postai, head da MOAI, conta como consolidou a empresa para auxiliar no crescimento de empresas na capital federal. (Imagem: Divulgação)

No início da vida adulta, com apenas 25 anos, Vinícius Postai decidiu arriscar dentro do mundo do empreendedorismo. Com o sonho de criar o próprio negócio para transformar o mercado de forma positiva, o empresário foi à campo, em clubes de negócios, para identificar oportunidades.

Entretanto, a apuração não saiu como planejado. Postai avaliou que os espaços eram voltados a vendas comerciais entre os participantes e, também, geração de conteúdos como palestras e workshops. “Não era o que eu buscava”, comenta.

A ideia do empreendedor, que, na época, ainda avaliava possibilidades, era conversar com outros profissionais da área para levar desafios complexos e contar com as experiências destes empresários para que pudesse tomar as melhores decisões para o seu futuro negócio.

Para isso, ele buscava um ambiente propício: com confidencialidade, profundidade e método. A partir dessa análise, a ideia da MOAI começou a ser desenvolvida, visto que o empreendedor havia identificado que, em Brasília, não havia um negócio com essa entonação.

“Foi aí que surgiu a ideia da MOAI, uma rede de empresários que se unem com o propósito não de vender entre si, mas sim de entender os negócios e projetos uns dos outros, compartilhar experiências, tomar decisões e desenvolver juntos suas empresas, do nível estratégico ao operacional”, explica.

Inicialmente, foi formatado o primeiro modelo de grupo de conselho com dez amigos próximos. Em pouco tempo, o negócio gerou resultados em diversas frentes, com empresas de ramos variados. Desta forma, o projeto evoluiu e, hoje, a rede conta com mais de 440 empreendedores associados à MOAI.

Formado em Administração de Empresas pelo UniCEUB, com MBA em Gestão Estratégica pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e certificação internacional da Universidade Harvard para curso de Liderança, Postai traz um olhar atencioso e voltado ao impacto social gerado pelas empresas.

“Um negócio é capaz de impactar a vida de diversas pessoas. Primeiramente, em termos de produtos e/ou serviços, quando há a possibilidade de resolver dores reais da população. Quanto maior o problema social, maior o negócio. A Uber, responsável por inovar o transporte privado urbano, é um exemplo”, explica.

No que diz respeito ao lado interno, Postai também informa que um negócio, com uma cultura organizacional voltada para o sucesso, cria um ambiente próspero e agradável para as pessoas que trabalham naquele espaço.

“Os funcionários ganham perspectivas de crescimento e, consequentemente, se tornam mais felizes, geram riqueza e, por sua vez, se tornam melhores no aspecto profissional e pessoal. Por essa razão, para mim, o empreendedor é a alavanca da mudança de uma sociedade. Por isso, decidi criar um negócio para dar suporte direto ao empresário”, explica.

Caminho até a MOAI

Aos 19 anos, Postai deu os seus primeiros passos profissionais. Logo no primeiro semestre do seu curso da faculdade, em 2007, teve a oportunidade de trabalhar com o professor Homero Reis que, na época, conduzia a matéria de Teoria da Decisão e, paralelamente, conduzia a Homero Reis e Consultores, uma empresa de coaching executivo e RH.

“Lembro que comecei apoiando projetos, como o planejamento estratégico para o Hospital Anchieta, e treinamento para equipes de alto desempenho. Formei em Coaching Ontológico e uma série de outros cursos de liderança, envolvendo o empreendedorismo”, comenta.

Ao longo dessa jornada, o empreendedor também teve a oportunidade de trabalhar na Altran Technologies, uma empresa multinacional francesa de consultoria em inovação e engenharia de alta tecnologia, fundada em 1982.

O projeto, realizado no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), trouxe a oportunidade de atuar no desenvolvimento de um projeto de EAD para empresários que atingia quase 200 mil alunos. Posteriormente, o profissional chegou à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

“Lá, o meu trabalho era desenvolver projetos de P&D que resolviam questões tecnológicas de alguns Ministérios e geravam um impacto positivo no Brasil. Um desses projetos foi a construção de um datacenter em São Paulo e um software para gravar todos os canais brasileiros de televisão, criando um grande acervo cultural. Tive a oportunidade de viajar realizando projetos nesse sentido, como Telemedicina e Rede GINGA, para quase todos os estados do Brasil”, relembra.

A MOAI entra em cena após a realização desses projetos que, pela alta complexidade, trouxeram uma bagagem expressiva para Postai. O empreendedor defendia que, para isso, precisava criar uma ação bem estruturada e, além disso, procurar especialistas Brasil a fora, para construir algo ainda inédito. Portanto, foi necessário desenvolver uma rede forte de parceiros contendo empresários, consultores, técnicos e especialistas para conseguir chegar ao modelo final da sua empresa.

“Logo após entender o que era necessário para criar uma rede completamente nova para que os empreendedores tomassem as melhores decisões e tivessem o suporte necessário em suas jornadas, que muitas vezes é extremamente solitária, eu criei o primeiro grupo de empresários da MOAI. Durante todo o primeiro e segundo ano da empresa, por meio apenas de indicações dos próprios membros dos grupos, cheguei a mais de cem empreendedores”, destaca, com alegria, as primeiras conquistas adquiridas.

Inicialmente, Postai realizava reuniões de Conselho Estratégico diariamente com empreendedores e, também, assumia outras funções da empresa, como Marketing, Financeiro e de Eventos.

No dia a dia, a sua rotina envolvia a conversa com empreendedores sobre as suas dores; execução de palestras e workshops para posicionamento da marca; busca por novos membros para a MOAI; e participação das reuniões gerais para encontrar os ajustes necessários para a rede. 

“Por ser uma estratégia de negócio bastante diferente, a maior dificuldade que tive era para explicar ao empresário que a MOAI se tratava de um ambiente seguro para ele levar os seus maiores desafios e que ali trabalhávamos não em seus pontos fortes ou em suas vendas através do networking, mas sim pela sua vulnerabilidade e dificuldades”, comenta.

Futuros planos

Os próximos passos da MOAI trazem novidades para o mercado. Futuramente, a rede anunciará um trabalho destinado apenas à Saúde, com uma linha de eventos e Conselhos Estratégicos destinados a esse segmento. A proposta surgiu a partir da compreensão de que o setor possui uma alta demanda de soluções e, além disso, apresentam operações complexas.

“Nosso plano, também, é chegar a mil membros em Brasília para, a partir de então, passar a expandir a outros estados. Sonho em fazer com que a MOAI chegue a pequenas cidades e municípios, onde temos uma vastidão de micro empreendedores que, muitas vezes, não conseguem acesso a soluções que fariam uma diferença enorme em seus negócios”, adianta.

Postai reforça que o seu trabalho será para conectar empreendedores Brasil afora, tornando-os referência como empresários no ramo em que atual. Para ele, essa jornada não precisa ser solitária. É possível, sim, conquistar grandes resultados com o apoio de uma rede bem estruturada.

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