Pesquisa do Instituto Fecomércio-DF sobre as vendas durante a Páscoa revela que o comércio espera por um aumento de 18,08% em relação ao ano passado. Para 42,91% dos lojistas, a data será melhor em 2022 se comparada com o ano anterior. Esse índice teve uma considerável variação em relação a 2021, época em que as restrições impostas pela pandemia ainda impactavam na circulação de consumidores. Naquele ano, apenas 28,70% dos comerciantes acreditavam que as vendas seriam positivas.
Outro índice favorável ao comércio refere-se à queda na percepção negativa sobre a data. Atualmente, apenas 2,4% dos lojistas acham que o período será pior que no ano passado. Em 2021, a sensação de que os negócios não iriam bem atingiu 13,40% dos comerciantes.
“O que estamos vendo hoje é reflexo do avanço da vacinação. Esse processo de retomada da economia no comércio se deu a partir do momento em que as pessoas passaram a sentir mais seguras para sair de casa, e os comerciantes mais otimistas para planejarem seus negócios”, analisa o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.
O valor do ticket médio registrou alta tanto na expectativa dos consumidores quanto dos lojistas. Para quem irá comprar um presente, o orçamento planejado gira em torno de R$ 149,16. No ano passado, os consumidores previam gastar R$ 99,83. A variação nesta medição ficou em torno de +49,41%. Já os lojistas esperam que o valor médio da compra passe de R$ 81,43 (2021) para R$ 148,67 (2022) – variação positiva de +82,6%.
Outro índice que apresentou alta foi o de consumidores que pretendem presentear alguém durante a Páscoa. Passou de 60,79% (2021) para 66,86% (2022). A média de presentes neste ano ficou em 2,85 – pouco mais que os 2,3 registrados anteriormente. Como de costume, mulheres devem ir mais às compras do que homens – 73% contra 59%.
Dentre os 33,14% dos entrevistados que não possuem a intenção de presentear na Páscoa de 2022, destaca-se que 40,59% alegaram dificuldade financeira para comprar presentes. Outros 34,71% disseram estar desempregados.
Produtos
Basicamente, entre as preferências dos consumidores, ressalta-se que a maior parte se concentra na compra de ovos de páscoa (46,18%) e chocolates/trufas (37,75%). Cestas de café da manhã são a terceira opção, ficando com 16,7%. A maioria dos consumidores pretende comprar em lojas de shoppings (36,73%), no período da tarde (47,81%) e aos finais de semana que, considerando de sexta a domingo, somam mais de 82% do apurado: sábados (36,46%), sextas (27,61%) e domingos (18,36%).
Formas de pagamento
Para os consumidores, a forma de pagamento mais utilizada será o cartão de crédito, com (42,69%). Quase metade dos entrevistados também indicaram que irão pagar as suas compras por meio de dinheiro (27,49%) ou em cartão de débito (20,76%). Isso representa que 48,25% vão liquidar imediatamente o valor das compras.
Assim como observado na visão do consumidor, a maioria dos lojistas esperam vender mais no cartão de crédito, com mais de 46,91% do apurado. Outros 35,53% esperam receber no débito, e apenas 8,78% dos lojistas esperam receber o pagamento em dinheiro, o mesmo para Pix/Transferência que vem aumentando gradativamente.
A maioria dos lojistas (66,47%) declarou que irá utilizar-se de alguma estratégia para aumentar as vendas na Páscoa de 2022. Dentre elas, a diversidade de produtos foi a estratégia mais mencionada, com 20,64%, seguida pela promoção (19,28%).
A maioria dos lojistas (82,63%) também disse que irá manter os preços exercidos na Páscoa de 2021. Outros 16,77% declararam que vão aumentar os preços. Apenas 0,60% declararam que vão diminuir os valores dos produtos. O indicador da variação de preços apurou um aumento médio de +6,98%.
A pesquisa mostrou ainda grande predominância na manutenção dos mesmos níveis do estoque (71,66%). Porém, 28,34% declararam que aumentaram ou vão aumentar o estoque para a data comemorativa, dentre os que vão aumentar, a média de aumento ficou em torno de 22,07%.
Metodologia
A coleta de dados para a pesquisa sobre o comércio durante a Páscoa se deu no período de 10 a 25 de fevereiro de 2022. A abordagem aos consumidores se deu de forma aleatória, em diferentes pontos de circulação do Distrito Federal, resultando em uma amostra de 513 entrevistados. Já a abordagem aos lojistas se deu de forma telefônica, compreendendo uma amostra de 501 empresas de diferentes segmentos, concentradas em várias regiões do DF.
Com informações Jornal de Brasília