Isolamento domiciliar pelo COVID-19 aumenta serviço de delivery

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As demandas por aplicativos de entrega em domicílio registrou aumento desde a última semana, em razão do isolamento domiciliar por causa do coronavírus. Quem faz a análise é Jael Antônio da Silva, presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar). Este é o caso do restaurante Xique Xique na quadra 106 da Asa Sul. No último fim de semana, as demandas por aplicativo de delivery e as corridas com o motoboy contratado do estabelecimento cresceram em cerca de 20%.

“Aqui nessa região, muitos clientes são idosos e os filhos preferem que eles fiquem em casa, então fizeram o pedido por telefone mesmo. Precisamos até contratar um um entregador temporário neste fim de semana”, afirmou Rafael Rodrigues, operador de caixa.

Quem também notou aumento na demanda foi João Vitor Santos, 19, um dos entregadores por aplicativo que costuma esperar pelos pedidos em um dos shoppings de Águas Claras. De acordo com ele, as entregas dobraram desde a última sexta-feira (13). “Antes, no horário do almoço, fazia umas cinco viagens; agora são pelo menos dez”, disse. “E elas [encomendas] são bem curtas. Antes eu pedalava maiores distâncias para fazê-las”, constatou.

O colega de entregas Michael Cícero, 20, também notou um aumento na demanda por aplicativo. De acordo com ele, “os horários de pico têm sido em todos os horários”. Ele acredita que o crescimento tenha se dado pelo isolamento de alunos de escolas e faculdades nos apartamentos da cidade, devido ao decreto.

Apesar do crescimento significativo dos pedidos de delivery por aplicativo, a expoente não significa maior lucro de restaurantes e lanchonetes. De acordo com Jael, pelo receio de contaminação, a queda nas vendas presenciais e fluxo de pessoas no restaurante representa cerca de 40%. “O problema é que a renda de entregas é complementar para os restaurantes. Ele tem um custo muito alto que vai de 22% a 30% do valor do prato”, analisou.

O ritmo no Xique Xique também foi menor que o usual. “Normalmente nos sábados e domingos temos todos os lugares ocupados. Com a determinação do GDF, interditamos uma mesa entre os clientes, mas mesmo assim não conseguimos encher o restaurante”, explicou.

A necessidade imediata exige uma flexibilização nos pagamentos de impostos. “Entendemos que é caso de saúde pública, mas estamos tentando negociar a extensão do prazo para o pagamento de impostos e até aluguel de algumas lojas nos shoppings”, continuou Jael. A tentativa é articular mais 120 dias com o Governo do Distrito Federal (GDF).

Com informações do Jornal de Brasília

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