Chippu, app criado por brasilienses, faz curadoria de conteúdo do streaming

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A quarentena foi um empurrão para que os empresários Thiago Romariz e Vitor Porto Brixi, e os engenheiros Luigi Pedroni e Thamer Hatem, proprietários da empresa de tecnologia Happe, tirassem um projeto antigo do papel. Há três anos, os amigos que estudaram juntos no Iesb, em Brasília, pensaram na ideia que acabou sendo maturada neste ano — de forma remota, já que um deles mora em Curitiba — e deu origem ao aplicativo Chippu, uma plataforma de curadoria com dicas e sugestões de filmes e séries de serviços de streaming.

Lançado oficialmente na sexta-feira última (22), o aplicativo figurou entre os mais baixados no Google Play e na Apple Store. Segundo dados do Sensor Tower, o app teve mais de 10 mil downloads. “Sempre acreditei que era um projeto legal, que resolveria uma demanda que é um problema da nossa geração e do nosso tipo de consumo. Em todos os meus trabalhos aprendi que a curadoria era algo que realmente faz a diferença. No primeiro fim de semana, o aplicativo deu mais de cinco dicas por segundo no momento de pico”, revela Thiago Romariz, um dos idealizadores.

A ideia é acabar com aquela busca do espectador nos catálogos dos streamings, serviços que tiveram um aumento de 20% no consumo no Brasil durante o período de isolamento social, de acordo com o estudo O digital em resposta à quarentena, da plataforma Gente. “Sempre tive esse problema e meus amigos também de escolher alguma coisa para assistir nos streamings e isso cresceu na pandemia. Continuo acreditando que será um método de entretenimento fixo. Então, será preciso uma curadoria. Por isso o Chippu foi criado. Concebi a ideia há um tempo, mas hoje com mais streamings aqui, como Amazon, HBO GO, Globoplay, e com a chegada de mais players no ano que vem, como HBO Max e Disney Plus+, a curadoria humana se mostra o canal para que a experiência das pessoas fique melhor. Para que elas consigam também sair da bolha do algoritmo e descubram novas produções”, comenta Romariz.

Algoritmo

O Chippu funciona de forma muito simples. Gratuito, o app pede que o usuário faça um cadastro marcando algumas produções assistidas. A partir daí, entra uma mistura de inteligência artificial, algoritmo e curadoria humana para entregar sugestões. “A nossa ideia foi pegar o melhor da tecnologia e do algoritmo para fazer um banco de dados e traçar o perfil do usuário, mas misturado a curadoria humana, que é superimportante e é o diferencial do aplicativo. Podemos indicar algo que não está no gosto da pessoa, algo além da bolha do serviço de streaming”, completa.

Por enquanto, as sugestões são de filmes e aparecem divididas em subcategorias, sendo apenas uma fixa — dicas da semana —, as demais mudam de acordo com o dia. O usuário ainda pode pedir uma dica extra, com base no gênero e na plataforma. Em breve, o aplicativo também terá a mesma função com outro formato para produções seriadas. Ainda está nos planos uma parte mais social e de gameficação do app, com espaço para compartilhamento de críticas, criação de listas e de rankings.

“Temos muita coisa ainda para incluir. Colocamos as séries na versão de teste. Então, o catálogo está dentro do Chippu, mas não dava para usar a mesma interface, porque o jeito de se relacionar com as séries é diferente e todo o propósito do Chippu é diminuir o gasto de tempo, então, estamos desenvolvendo uma outra linha de raciocínio. A gente tem também todo o planejamento da parte social e da gameficação”, adianta Thiago Romariz.

Com informações do Correio Braziliense

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