1º trimestre reforça bom momento para vendas de imóveis novos no DF

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Os principais indicadores do mercado imobiliário reforçam a análise de que os negócios ficarão aquecidos nos próximos anos no Distrito Federal: oferta baixa; maior número de lançamentos; preço do metro quadrado com tendência de alta; vendas de imóveis na planta superiores às de unidades prontas. O desempenho do 1º trimestre de 2019 deixa os empresários do setor imobiliário otimistas com as boas perspectivas para as vendas voltadas às populações de todas as faixas de renda: o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis novos no Distrito Federal no 1º trimestre de 2019 foi muito superior ao de igual período de 2018: 54% (Gráfico 1).

É o que mostra pesquisa inédita sobre o comportamento das vendas de unidades residenciais novas, anunciada hoje.

 

Gráfico 1 – IVV dos imóveis residenciais – Comparação trimestral

 

 

Gráfico 2 – IVV dos imóveis residenciais – Comparação mensal/anual

 

 

Em março último, dado mais recente do estudo, o IVV dos imóveis residenciais foi de 8,6% (Gráfico 2), ou seja, bem superior ao IVV considerado adequado para as vendas de um empreendimento imobiliário, que é de 5%. O Gráfico 2 mostra também que, desde 2015, apenas o mês de novembro de 2018 apresentou IVV superior à casa dos 8%, enquanto que isso já ocorreu em fevereiro (8,7%) e em março deste ano (8,6%), o que comprova a melhoria da velocidade de vendas. O IVV médio de imóveis residenciais prontos tem evoluído ano a ano, conforme o Gráfico 2: em 2015 foi de 4%; em 2016 foi de 5,1%; em 2017 foi de 6,3%; em 2018 foi de 6,7%.

 

Gráfico 3 – IVV dos imóveis residenciais – Comparação trimestral

 

 

A aceleração nas vendas no 1º trimestre de 2019 confirma o bom momento do setor imobiliário na Capital do País, com 20% a mais em vendas de unidades novas, em comparação com o 1º trimestre de 2018 (Gráfico 3). A pesquisa é realizada desde janeiro de 2015 com as principais incorporadoras que atuam no DF. Os dados informados compõem amostra representativa dos negócios imobiliários de unidades novas na região. O estudo realizado em março de 2019 coletou dados de 29 empresas.

“A velocidade de vendas é importante para analisar o comportamento do mercado imobiliário. E vemos que ele está ‘comprador’, ou seja, os lançamentos ainda são poucos para dar conta da demanda reprimida, mas o setor está reagindo. No 1º trimestre, o total de lançamentos residenciais foi o triplo do 1º trimestre de 2018. As vendas estão com velocidade expressiva em localidades como Planaltina (IVV de 34% em março), Samambaia (IVV de 26,9%), Noroeste (12,7%) e Santa Maria (10,8%)”, diz Paulo Muniz, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF).

A oferta de imóveis residenciais novos ainda é baixa no DF, segundo o estudo, o que também influencia uma maior velocidade de vendas. No 1º trimestre de 2019, a oferta era de 2.744 unidades, enquanto que no 1º trimestre do ano passado era 22% maior (3.511) – (Gráfico 4).

 

Gráfico 4 – Oferta de imóveis residenciais – Comparação trimestral

 

 

Para efeito de comparação, a média de oferta em 2015 era de 4.418 unidades residenciais novas; em 2016 era de 4.333; em 2017 caiu para 3.858; e em 2018 a oferta média foi de 3.400 unidades. Em março de 2019, as 29 incorporadoras entrevistadas informaram ter 2.746 unidades habitacionais novas em oferta (Gráfico 5).

 

Gráfico 5 – Oferta de imóveis residenciais – Comparação mensal/anual

 

 

“O Distrito Federal recebe cerca de 60 mil pessoas todo ano para fixarem residência. Ainda assim, a oferta média anual tem caído seguidamente desde 2015, ou seja, há espaço para anunciar lançamentos e elevar as vendas. A pesquisa comprova essa tendência”, diz Paulo Muniz. E é preciso construir mais imóveis para dar conta da demanda, segundo o dirigente, afinal, se todos os imóveis residenciais em oferta no 1º trimestre fossem vendidos a uma velocidade mensal constante de 8,6% (março), esta oferta poderia se esgotar em apenas 12 meses (Gráfico 6). “No 1º trimestre de 2018 o tempo para se vender a oferta total era maior, de 19 meses”, compara Paulo Muniz.

 

Gráfico 6 – Escoamento da oferta de imóveis residenciais – Comparação trimestral

 

 

A pesquisa mostra, também, como está distribuída a oferta de unidades residenciais novas pelo DF:

  • 1 quarto = a maioria está em Águas Claras (67%);
  • 2 quartos = a maioria está em Santa Maria (46%);
  • 3 quartos = a maioria está no Setor Noroeste (34%);
  • 4 quartos = a maioria está no Setor Noroeste (48%).

 

Crescem ofertas e vendas de imóveis na planta

Com baixa oferta de imóveis residenciais novos prontos para morar, as empresas e os compradores partiram para os negócios envolvendo imóveis em construção, ou na planta. A pesquisa mostra que a oferta desses imóveis residenciais era de 57,5% em março ante uma oferta de 42,5% de imóveis prontos (Gráfico 7). As vendas de imóveis na planta apresentaram maior velocidade em março (71,7%) do que os imóveis prontos (28,3%) – (Gráfico 8).

 

Gráfico 7 – Oferta de unidades pelo estágio da obra

 

 

Gráfico 8 – Venda de unidades pelo estágio da obra

 

 

“É um excelente sinalizador para muitos investimentos no DF nos próximos 3 a 4 anos, que é o tempo que levará para que os lançamentos sejam construídos e entregues. Cada empreendimento gera negócios em várias cadeias produtivas, da indústria até o atacado, o varejo e os serviços. Sendo assim, a economia da Capital Federal receberá uma injeção de muitos milhões de reais no período”, avalia Paulo Muniz.

 

Unidades de 2 quartos têm maior velocidade de vendas

O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) das unidades residenciais novas no DF é maior para as de 2 quartos, conforme a pesquisa (IVV  de 11,4% em março). Em seguida vêm as de 2 quartos (IVV  de 7,9%); as de 4 quartos (IVV  de 6,9%); e depois as de 3 quartos (IVV  de 4,7%) –  Gráfico 9.

 

Gráfico 9 – IVV de unidades residenciais por tipologia

 

 

Valor do m² de imóveis residenciais em oferta

Entre as várias informações do mercado imobiliário do DF, a pesquisa do IVV aponta a variação do preço ofertado por m² privativo (valor ponderado) dos imóveis residenciais no DF. Em março, o m2 médio foi cotado a R$ 8.726, considerando as informações obtidas junto as 29 empresas pesquisadas. O valor do m2 flutua de acordo com o total de unidades lançadas no mês e também de acordo com o perfil dos imóveis. “Ou seja, o lançamento de unidades de 4 quartos em um edifício de alto luxo influencia o valor do m2 da pesquisa para cima; já o lançamento de unidades mais modestas puxa a média do valor do m2 para baixo”, explica Paulo Muniz.

 

Mais dados da pesquisa IVV 2019

 A pesquisa do IVV tem o objetivo de aferir o ritmo dos negócios de imóveis novos residenciais e comerciais no DF e serve como ferramenta de gerenciamento para os empreendedores. O estudo é conduzido em parceria pela ADEMI-DF e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (SINDUSCON-DF), com apoio do SEBRAE-DF. A empresa Opinião Informação Estratégica é responsável pela coleta, tabulação e análise das informações, obtidas junto às empresas que aderiram voluntariamente ao projeto.

Os dados de março revelam ainda que:

– O IVV de março de 2019 (8,6%) foi 26% superior ao de março de 2018 (6,8%);

72% das empresas pesquisadas ofertaram unidades residenciais novas no mês;

– houve dois lançamentos imobiliários residenciais em março, um no Setor Noroeste e outro em Santa Maria – portanto, 2019 já soma 6 lançamentos no total, conforme as empresas pesquisadas;

– o total de unidades residenciais lançadas no 1º trimestre de 2019 (738) já é superior ao total de todo o ano de 2015 (706 unidades). Além disso, na comparação com o 1º trimestre de 2018, houve crescimento de 459% no total de unidades lançadas, sinal da confiança das empresas na retomada das vendas;

– as empresas relataram vendas absolutas de 237 imóveis em março, total superior a fevereiro de 2019 e a março de 2018;

 

Microempresas e empregados envolvidos nos negócios imobiliários

Um dado apurado mensalmente pela Pesquisa IVV é a participação de microempresas e empresas individuais nos negócios imobiliários no DF. Essas microempresas são representadas, em boa parte, pelos corretores imobiliários. Em março, por exemplo, as vendas de 237 unidades residenciais novas envolveu uma média de 2,93 corretores por transação. Outra informação importante da pesquisa mensal é o número de empregados atuantes nas empresas pesquisadas: 4.924 trabalhadores, em março.

 

IVV Comercial

A pesquisa também acompanha a evolução do IVV dos imóveis comerciais novos no DF. O desempenho do IVV comercial em março foi de 1,93%. Em termos de vendas, as empresas pesquisadas registraram negócios de 14 unidades comerciais.

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