Instituições e empresas participam da semana Lixo Zero, que começa hoje (18)

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Pensar no futuro das próximas gerações que vão habitar o mundo. Este é o objetivo da semana Lixo Zero, que começa nesta sexta-feira (18) e vai até o próximo dia 27. A iniciativa, promovida pelo Instituto Lixo Zero, estimula que cidades do Brasil inteiro desenvolvam atividades e conhecimentos para a conscientização do descarte correto de resíduos sólidos. Em Brasília, ONGs, empresas e institutos se preparam para promover atividades na data.
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A ONG brasiliense Dente de Leão propôs um desafio no início de setembro nas redes sociais para que os 10 membros da organização registrassem atitudes e obstáculos no descarte consciente durante todo o mês. O resultado mostrou que, apesar do crescimento de ações ambientais no DF, os supermercados têm limitações em se adaptar à proposta de lixo zero. “Encontramos dificuldades para não produzir lixo por conta de tantas embalagens disponibilizadas. Em alguns pacotes, os produtos eram cobertos com papel, mas lá dentro também eram envoltos com um plástico”, conta Marcela Nóbrega, 30 anos, voluntária da organização.

A campanha expôs a realidade do tanto de lixo que é produzido em um mês, bem como alternativas para reduzir esse volume. “O nosso objetivo era mostrar a vida real, as dificuldades concretas. Um dia, perguntei se podia levar um pote de casa para pegar presunto e o moço do mercado deixou. Se você começa a questionar, muita coisa começa a acontecer”, diz Henrique Biana, 27, membro da ONG. A colega de trabalho, Sâmia Gomes, 28, acrescenta que muitas ações são hábitos e que, com mudanças de comportamentos, é possível transformá-los para uma atitude consciente.

As atividades da semana Lixo Zero tiveram início em 2010 em âmbito nacional. De acordo com o instituto responsável pela iniciativa, em 2018, 45 cidades participaram e promoveram mais de 1,5 mil eventos. Foram alcançadas mais de 150 mil pessoas diretamente em todo Brasil. O embaixador de Brasília do Instituto Lixo Zero, Kallel Kopp, explica que o projeto consiste no descarte correto do lixo, além da busca de algo que possa ser reaproveitado. “Resíduo é diferente de lixo. O resíduo pode ter ainda algum aproveitamento econômico, social e ambiental. Destinar corretamente o lixo é muito relevante ambientalmente. E, nós, a população, não podemos ficar só esperando iniciativas governamentais.”

O embaixador lembra que a iniciativa começou a partir do desejo de defender uma causa justa e ética: “Trata-se de um conjunto de ações realizadas, não necessariamente pelo Instituto, mas por voluntários engajados com a causa e com o meio ambiente. Nós somos uma ferramenta de divulgação e apoio para a causa”. O instituto atua, espontaneamente e sem fins lucrativos, em quase todas as capitais brasileiras. Para se voluntariar, basta realizar o cadastro no site.

IFB

O Instituto Federal de Brasília (IFB) também entrou na onda sustentável. Participando pela segunda vez do evento, a instituição vai colaborar neste ano com discussões e mobilizações em formas de mutirão de plantio de árvores; palestras; exibição de documentários e filmes; e oficinas. Um exemplo é a roda de conversa “Gastronomia Lixo Zero”, com empresários e especialistas do DF que aceitaram o desafio de transformar seus empreendimentos em local livre de lixo. A entrada é franca.

De acordo com a organizadora da atividade, a professora Simone Pinheiro, 43, o ato mudou a linha de pensamento da instituição. “A escola educa em tudo. Quando a gente traz o conceito de lixo zero, o intuito também é conscientizar as pessoas a não gerarem lixo e reverem os seus valores em relação a isso. É a segunda vez que realizamos essa ação e, na primeira, tivemos a participação de mais de 200 pessoas. O evento é aberto ao público e não é preciso inscrição prévia, apenas comparecer ao câmpus da 610 Norte nos dias 22, 24 e 25 de outubro”, conta. O IFB ainda vai coletar resíduos eletrônicos em um container no prédio de entrada principal do câmpus, voltado para a L2 Norte, até 30 de outubro.

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