Ansiedade pode ser vilã na hora dos estudos

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A quatro meses do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorrerá nos dias 3 e 10 de novembro, mais de 5 milhões de jovens de todo o País estão correndo para garantir uma boa nota e assim alcançar a aprovação em uma universidade. A pressão para conseguir um bom resultado pode causar crises de ansiedade nos jovens. Os alunos brasileiros estão entre os que ficam mais ansiosos para provas, mesmo que estejam preparados. Segundo relatório divulgado pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA), o Brasil é o segundo no ranking, com 81%, atrás apenas dos jovens da Costa Rica.

O supervisor pedagógico do Ensino Médio do Colégio Sigma, Eli Guimarães, aponta que a ansiedade está relacionada ao medo do desconhecido e do fracasso. “O aluno precisa saber que existe a possibilidade de conhecer o que estar por vir na prova; alguns assuntos e até questões são possíveis de prever e se preparar para eles”, comenta. Segundo o professor, se o estudante conseguir desmistificar o momento da prova, se organizar e manter uma rotina de estudos, a possibilidade de sucesso cresce muito.

Praticar com provas de anos anteriores, participar de simulados e evitar ficar pensando em como será o dia da avaliação são algumas das sugestões que Eli dá para que os jovens consigam abaixar os níveis de ansiedade. A redação costuma ser o que mais assusta os alunos. Uma forma de garantir um bom texto é praticando. “O ideal é escrever, pelo menos, uma redação por semana, buscando sempre melhorar os pontos mais fracos indicados pelo professor da área”, diz.

Com a ajuda de debates realizados junto com a equipe da Orientação Educacional, Eli conta que o Colégio Sigma identificou o que interfere no emocional dos alunos. E assim traçou ações mais assertivas para que os jovens se sintam mais acolhidos, confortáveis e preparados para as provas. A escola oferece para os estudantes diversos meios que os ajudam a se organizar, como o auxílio prestado pela orientação educacional na organização do horário de estudo e pela Secretaria de Curso, que tira dúvidas e orienta os alunos quanto às profissões, cursos, universidades e outros. “Além disso, também podem participar de cursos preparatórios, como o Pré-Enem e Pré-PAS para revisarem conteúdos e se sentirem mais preparados para os exames”, comenta.

O professor esclarece que se o problema com a ansiedade persistir após todas as ações próprias ao escopo da escola é indicado que o jovem procure ajuda profissional de um psicólogo, que poderá dar um suporte específico, além do que a escola habitualmente faz.   Finaliza dizendo que “a ansiedade é um estado psíquico que compromete, e muito, a aprendizagem do aluno, portanto desconsiderá-la ou mesmo tratá-la como algo menor é um erro grave. É fundamental que seja enfrentada, tratada para que o estudante renda o seu melhor e viva não só esse momento que antecede os exames de ingresso às universidades, como também qualquer outra situação com a serenidade necessária”.