A situação do emprego no Brasil ainda passa por um quadro complicado. Mesmo com uma leve diminuição na taxa de desemprego – que caiu de 12,5% para 11,8% na comparação do trimestre encerrado em julho com o período imediatamente anterior (Pnad/IBGE) – é necessário especialização para ocupar um bom lugar no mercado de trabalho. Conhecer como funciona a concorrência e aplicar isso no dia a dia é extremamente importante para que o profissional possa se destacar.
Na esfera privada, os profissionais precisam ser capazes de entender como funciona a concorrência para serem mais competitivos no mercado. Saber avaliar os pontos positivos e negativos da empresa em que trabalha, assim como o mercado, é crucial para tomar decisões mais proativas e certeiras no âmbito profissional.
Já no serviço público, é importante entender como funcionam as instituições que regulam a competição no Brasil. Hoje, existem 10 agências reguladoras federais. Entre elas, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e outras. O Ministério Público, muitas vezes, também exerce um papel importante nessa questão, com trabalhos investigativos aliados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O professor de Economia do Curso de Qualificação do IESB “Economia da Concorrência e Estratégia Empresarial”, Luis Guilherme Batista, explica que o curso oferece uma base para que o aluno entenda o mercado da concorrência e conquiste um diferencial competitivo. “O principal objetivo é entregar aos estudantes e profissionais que procuram o curso uma experiência prática de como funciona o mercado da concorrência por meio de análises de ‘cases'”, explica.
O curso trata de temas como o objetivo da política da concorrência, que mostra como a competição contribui para a existência do livre mercado e de empresas que se aperfeiçoam sob pressão da evolução de concorrentes. Analisar fusões verticais entre companhias que já passaram por esse processo também faz parte da programação.
“A ideia é discutir casos concretos que já foram avaliados ou julgados. Então, a gente trabalha muitos exemplos ocorridos na história brasileira para ilustrar as aulas e explicar como a legislação trata o assunto”, afirma. Além disso, a abordagem também é econômica. “Principalmente na área privada, nós estudamos a atuação das empresas e de escritórios de advocacia que trabalham na área”, informa.
Tecnologia
O curso também trabalha o avanço da tecnologia e o seu impacto na economia da concorrência. As empresas trabalham em novos nichos e, cada vez mais, se tornam mais competitivas ao utilizar estratégias como ciência de dados para marketing e publicidade ou automatização para serviços, por exemplo. Batista entende que, apesar de não estar no dia a dia dos negócios no Brasil, é importante já começar a entender sobre o assunto. “Vamos trabalhar a defesa da concorrência aplicada à indústria 4.0. É nesse novo contexto que a concorrência vai se dar num futuro não tão distante”, disse.