Fabrika Malharia se destaca no mercado de moda brasiliense

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Empresa surgiu em 2008 com preocupação ambiental e contou com apoio do Sebrae para ganhar espaço no DF. (Imagem: Freepik)

Por aproximadamente 14 anos, Ana Paula Vieira observou sua mãe, Ana Bomfim, investir tempo, dinheiro e disposição em um negócio de família. O empreendimento, uma pequena malharia localizada na cidade de Planaltina, era administrado em sociedade com uma tia de Ana Paula e serviu como ponto de partida para mãe e filha darem forma a algo maior: a Fabrika Malharia, empresa que alia moda com tecnologia para proporcionar estilo, saúde, segurança e bem-estar aos seus consumidores.

A história da marca começou a ser escrita em 2006. O objetivo de mãe e filha, àquela altura, era aproveitar a alta demanda da população brasiliense para revender roupas e acessórios femininos.

“Nós íamos frequentemente a São Paulo e outras cidades do país para comprar mercadoria mais em conta e trazíamos para revender por aqui. A nossa loja ficava na Quadra 5 da Vila Buritis, em Planaltina”, lembra Ana Paula, hoje com 37 anos.

Porém, em 2007, a loja foi alvo de assaltantes por algumas vezes e isso forçou mãe e filha a fecharem o pequeno empreendimento. Elas, no entanto, tinham a intenção de ficar com portas fechadas por pouco tempo e começaram a procurar por um novo espaço, em uma nova região do Distrito Federal, o que se concretizou meses depois. Mãe e filha retomaram os trabalhos em um espaço no Lago Norte. O propósito, no entanto, seguiria um viés completamente diferente do que era exercido em Planaltina.

“Optamos por remodelar totalmente a empresa. Decidimos parar de vender multimarcas e abrimos uma linha confecção própria. Produzíamos uniformes para empresas, escolas e também começamos a investir em brindes corporativos. Com isso chegamos a ter mais de 300 itens em nosso catálogo”, conta a empresária.

Para se dedicar totalmente à nova proposta da empresa, a mãe, Ana Bonfim, hoje com 62 anos, colocou um ponto final na sociedade que tinha. Ela e a filha, então, procuraram o apoio do Sebrae no Distrito Federal e, com o passar dos anos, conseguiram amadurecer a ideia de negócio. As duas já haviam participado de cursos promovidos pela instituição, mas optaram pela realização de consultorias e estabeleceram uma rede de contatos. Entre várias mudanças, foi possível aprimorar a identidade visual da marca e identificar gargalos que faziam com que parte da produção fosse lenta. “Melhoramos significativamente esse processo graças ao apoio do Sebrae”, observa Ana Paula.

Mãe e filha também participaram de missões técnicas organizadas pelo Sebrae a Santa Catarina, Minas Gerais e marcaram presença na segunda edição do Summer Collections, iniciativa realizada em dezembro de 2019 com a finalidade de mostrar o potencial da indústria do DF para a moda praia.

No momento, a Fabrika é uma das pequenas empresas beneficiadas pelo programa ALI (Agentes Locais de Inovação), solução também desenvolvida pelo Sebrae cujo o objetivo é estimular micro e pequenos empresários a abraçar práticas inovadoras focadas no aumento da produtividade e da competitividade.

“Se não fosse o trabalho do Sebrae, estaríamos paradas no tempo. Sabíamos que era preciso ter conhecimento para empreender e que no Sebrae encontraríamos esse apoio. Sem eles, a nossa empresa não teria evoluído tanto”, sustenta a empresária.

Tecnologia têxtil e preocupação ambiental

Fabrika Malharia foi a primeira empresa brasiliense a usar tecidos tecnológicos em sua linha de produção. A marca possui uma ampla oferta, utilizando tecidos que protegem contra a nocividade dos raios ultravioletas, que repelem água e tecidos anticelulite. Neste último, o fio utilizado contém minerais com capacidade de absorver o calor corporal e transformá-lo em raios infravermelhos, que conseguem melhorar a circulação de sangue na região, reduzindo a celulite e também a fadiga muscular.

Além do uso da tecnologia, a marca também se preocupa com o meio ambiente e tem como preceito produzir roupas para durar. “Estamos constantemente olhando para o futuro e procurando novas formas de sustentabilidade”, conta Ana Paula.

A marca preza por estabelecer parcerias com fornecedores que tenham certificações, que mantenham condições dignas de trabalho, que não empreguem o trabalho escravo e infantil e que evitem o descarte de produtos químicos na natureza.

Uma outra ação é o uso da fibra de poliéster reciclado, material feito a partir de garrafas PET, permitindo fabricação de um produto leve, macio e sustentável. O resultado disso tudo é um equilíbrio entre o tecnológico e o manual, o luxo e a simplicidade. “É nossa responsabilidade deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Cuidamos da sua saúde, da sua segurança e do seu bem-estar. Estamos com você em todas as fases da sua vida. Por isso, pratique o consumo consciente, se você não gosta de algo, mude!”, diz o manifesto publicado pela marca em seu canais digitais.

Reinvenção na pandemia

A exemplo de empresários de outros segmentos, a chegada da pandemia trouxe dificuldades e a necessidade de reinvenção para Ana Paula e sua mãe. Com as medidas restritivas impostas pelo Governo do Distrito Federal, ainda em março do ano passado, o empreendimento precisou fechar temporariamente as portas e com isso a produção da marca foi prejudicada, forçando as empresárias a pensarem em uma nova remodelação.

Surgiu, então, a oportunidade de ser solidário e ajudar profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia. A Fabrika abraçou uma a proposta do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e da Universidade de Brasília (UnB) e produziu máscaras cirúrgicas para centenas de profissionais de saúde que estavam na linha de frente do combate ao coronavírus. Após realizar a ação e com a retomada das atividades sendo permitida, a marca começou a fabricar capotes, máscaras e demais vestimentas utilizadas em hospitais.

Já recentemente, no último mês de dezembro, Ana Paula e sua mãe abriram um ponto de venda físico da marca. A loja foi instalada na 113 norte e logo recebeu da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF) e da Federação das Indústrias do DF (Fibra) o selo de estabelecimento responsável por cumprir todas as medidas de prevenção e higienização, respeitando os protocolos de combate à disseminação da Covid-19, de acordo com as recomendações das organizações sanitárias.

A abertura da loja deu nova visibilidade à marca, segundo as empresárias. O ponto comercial tem sido bastante procurado, permitindo uma maior interação da marca com os consumidores. “Pessoalmente, podemos sentir o desejo dos consumidores e estudar quais produtos podemos inserir em nossa linha de produção”, completa Ana Paula.

Atualmente, a marca cria uniformes profissionais para diversos segmentos de mercado, como empresas, escolas, eventos, dentre outros. São oferecidos serviços de serigrafia, sublimação e estamparia digital e utilizados bordados industriais de alta definição para proporcionar um visual mais sofisticado e elegante às peças. A marca também faz bordado tradicional, com aplicação de tecido, pontos diferenciados, termocolantes (Patchs), entre outros.

Outra novidade que o público brasiliense poderá conferir em breve será o lançamento da FBK Essential, uma coleção desenhada pela marca com opções de roupas esportivas e casuais. A estimativa de lançamento é para o mês de abril, quando a Fabrika também inaugurará o seu e-commerce.

Serviço – Fabrika Malharia
WhatsApp: (61) 3468-6679
E-mail: [email protected]

Com informações ASN

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