Em busca de crescimento, empresas focam em soluções tecnológicas

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Megacompanhias investem valores milionários em startups de tecnologia. (Imagem: Divulgação)

Dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) apontam que a migração e a busca por soluções tecnológicas mais avançadas fez com que, mesmo durante a pandemia, as startups recebessem mais de US$ 2 bilhões em investimentos.

Esse movimento de aplicações em empresas do ramo da tecnologia já vinha em escala crescente e despontou ainda mais em meio a pandemia, com o avanço do e-commerce e com a necessidade do uso de serviços tecnológicos por parte das empresas, que sofreram interferência em suas atividades.

O presidente da ABESRodolfo Fücher, destaca que os avanços tecnológicos estão fazendo com que as grandes organizações voltem sua atenção para essas empresas.

“A aquisição de startups por empresas tradicionais têm uma resposta muito simples, é fundamental para a sua competitividade, ou melhor sua sobrevivência. O avanço da tecnologia, tornou viável que uma boa ideia se torne um produto ou serviço rapidamente, colocando em xeque modelos tradicionais, causando a famosa disrupção. Em um mercado extremamente competitivo, ou você adquire ou corre o risco do seu concorrente adquirir e colocar você fora do mercado”, explica o presidente da ABES.

O formato de investimento em tecnologia que vem sendo mais utilizado no Brasil e no mundo é o de “open innovation” – inovação aberta. Além das grandes empresas, organizações de médio porte também estão se mostrando interessadas nesse tipo de negociação.

Um estudo realizado pelos professores Sabine Brunswicker da Purdue Technology and Innovation, e Henry Chesbrough, da Universidade da Califórnia, que analisaram empresas com faturamento anual acima de US$ 250 milhões, aponta que 78% das empresas utilizam o modelo de inovação aberta e não identificaram nenhum caso de desistência. E neste grupo, 82% aumentaram suas atividades em negócios de inovação aberta.

“Essas aquisições, caracterizam o modelo de inovação aberta, de forma simplista, consiste na criação de uma área na empresa, onde passam a ficar de olho e atrair startups para seu market place, para uma futura aquisição ou parceria. Esse modelo acelera a incorporação de soluções inovadoras, de forma ágil, e em muitos casos muito barata com pouco risco ao negócio principal”, diz Fücher.

Aquisições

Em relação às aquisições das empresas tecnológicas, o destaque fica por conta do Magazine Luiza (MGLU3). A rede varejista anunciou recentemente a compra do SmartHint Tecnologia, sistema de busca inteligente e recomendação de compra para e-commerce, da Jovem Nerd, plataforma multimídia, da Hub Prepaid, plataforma de Banking as a Service e da VipCommerce, startup de tecnologia no modelo Software as a Service.

Locaweb (LWSA3) divulgou esta semana o acordo para aquisição do sistema de gestão online Bling, por R$ 524,3 milhões. A empresa brasileira de hospedagem de sites, serviços de internet e computação em nuvem, também anunciou a compra da ConnectPlug, plataforma SaaS com sistema de ponto de venda e sistema de gestão, por R$ 18 milhões.

Banco Inter (BIDI11) anunciou que foi concluída a aquisição da plataforma Duo Gourmet. A Petlove fechou acordo com a Porto Seguro (PSSA3). No negócio, a seguradora adquiriu 13,5% da companhia de e-commerce de produtos para animais domésticos.

Microsoft (MSFT34) anunciou que tem acordo para a compra da Nuance Communications, empresa de inteligência artificial, e o negócio deve girar em torno de US$ 19,7 bilhões.

Interesse em startups

O presidente da associação conclui sua fala, comentando sobre um dos principais motivos do interesse de empresas em adquirir startups. Para ele, o baixo risco no investimento atrai a atenção das grandes organizações.

“Normalmente as grandes empresas já possuem processos consolidados, tornando-se difícil testes de novos modelos, em alguns casos podem até gerar riscos ao negócio principal, de vendas e de imagem. Quando falamos de uma startup, cujo principal objetivo é testar um modelo, ou conceito, oferece pouco ou nenhum risco significativo”, finaliza Rodolfo Fücher.

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