Planaltina vai receber a 1ª Feira Nacional da Uva e Vinho de Brasília

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(Foto: Roberta Sorge - Unsplash)

A 1ª Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília, em Planaltina, acontece no Parque de Exposição da cidade, entre os dias 30 de julho a 8 de agosto. O evento vai reunir cerca de 40 produtores locais de uva e vinho, vinícolas nacionais e internacionais,  apresentar o melhor da gastronomia, artesanato e cultura do Distrito Federal e Goiás e ter no Turismo o elo central.

A primeira edição da feira pretende, também, estabelecer a região no setor de eventos de enoturismo no contexto nacional. A orientação foi definida em reunião coordenada pelo Superintendente Federal  de Agricultura do DF (SFA-DF/Mapa), William Barbosa, que teve a presença da secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça; do organizador do evento, empresário Marcelo Silva; do Coordenador da Codevasf, Luis Curado; do administrador de Planaltina, Célio Rodrigues; e do presidente da Associação Brasileira de Sommeliers do DF (ABS/DF), Sérgio Venâncio Pires.

O enoturismo é um segmento que possui um alto valor agregado, não só pelo produto em si, mas por toda a cadeia turística que contempla. A Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF) tem trabalhado junto com a SFA-DF/Mapa para estruturar, qualificar e promover o segmento no DF. As regiões de Planaltina, Sobradinho, Fercal e Programa de Assentamento Dirigido do DF (PAD-DF) possuem vitivinicultores que estão se especializando na produção de vinhos de alta qualidade.  A organização de feiras e exposições são instrumentos eficazes para dar visibilidade ao segmento.

O presidente da Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília (ABS/DF), Sérgio Venâncio Pires, informou que a entidade já vem mapeando o crescimento da produção de uva e de vinho finos, na região. Pelo histórico, o primeiro vinho foi produzido em 2008, em Planaltina de Goiás, pelo Coronel da reserva do Exército José Antonio Pires Gonçalves. Para o especialista, o momento atual vai anteceder uma explosão da produção local de vinho fino.

“Entre dois a quatro anos, teremos uma série de vinícolas produzindo bons vinhos. Catalogamos 43 unidades, incluindo Goiás. Alguns desses vinhos já foram degustados por profissionais de fora da cidade e a qualidade da bebida foi atestada como de alto padrão. Dessa forma, a feira vai ser um canal inicial para darmos visibilidade ao vinho do Cerrado e, pelo olhar do turismo, vamos divulgar os empreendimentos. As pessoas gostam de visitar as parreiras, mesmo que não tenham vinho. O ambiente agrada e atrai o turista”, argumentou o sommelier.

A feira está sendo desenvolvida, planejada e programada há mais de três anos junto aos produtores locais e nacionais. O empresário Marcelo Silva também organiza as tradicionais Feiras do Morango e Feiras da Goiaba, em Brazlândia, e afirma que aquela já tem 25 anos de realização e conta com a participação de 80 produtores.   

“A feira da uva está começando com 40 produtores locais e isso é surpreendente. Além disso, estamos disponibilizando 50 estandes para os produtores de uva, vinho, flores e para os artesãos. Não tenho nenhuma dúvida que vamos fazer história através do vinho do Cerrado”, finalizou Marcelo Silva.

Números do vinho no Brasil e no DF

RECORDE BRASILEIRO – Brasil foi o país que mais aumentou o consumo de vinhos em 2020, durante a pandemia. Passou de uma produção de 383 milhões de litros em 2019 para 501 milhões no ano passado. Destes, cerca de 20% são vinhos finos. 

NÚMEROS NACIONAIS – Pesquisa da Fecomércio de SP revelou que 30 milhões de brasileiros consomem ao menos uma garrafa de vinho por semana, o que daria 52 garrafas.

CONSUMO MÉDIO DE VINHO NO BRASIL – É de 2,8 litros por pessoa anualmente, recorde em 2020, batido pela pandemia, que provocou um aumento de 1 ponto percentual ou 64%. Muito baixo se comparado com a Portugal (52 litros), França (46 litros), Itália (47) e Argentina (18 litros).

CONSUMO NO DF – Brasília é a segunda capital no país em consumo de vinhos, perdendo apenas para São Paulo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), por venda com cartões de crédito e débito.

PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILIENSE – Segundo levantamento realizado pela ABS Brasília o consumidor de vinhos em Brasília é 40% mulher e 60% homem, servidor público (55%) e trabalhador da iniciativa privada (45%), com renda média superior a R$ 10 mil e se concentra 75% no Plano Piloto. 

FATURAMENTO PIB/VINHOS FINOS – Em 2019, segundo a União Brasileira de Viniviticultura(Uvibra), o comércio de vinhos no Brasil movimentou, em média, R$ 24 bilhões, em 2019. Em todo o país, 69% do total de vinho consumido  , contra 31% importado. 

TERROIR (TERRUÁ) – Uva gosta de sol. Brasília tem sol. Uva gosta de chuva na hora certa. Brasília tem chuva quando a uva precisa. E, principalmente, uva para produzir bom vinho precisa de amplitude térmica. Brasília alcança variação térmica média de 14 graus com dias quentes e noites frias durante o crescimento das uvas. Ou seja, temos todas as condições climáticas e geográficas para produzir uvas de excelência e, consequentemente, fazer vinhos de excelência. 

Com informações Ascom Setur/DF

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