Por Rose Mary Barbosa
Potencializar a si mesmo já não é algo fácil. Potencializar uma área para ser estratégica para toda a empresa, exige primeiramente determinação e se tratando de Gestão de Pessoas, além do conhecimento, empatia e carisma.
Então, de que forma? Pode-se utilizar metodologias ágeis, KPIs de RH arrojados, metodologia Scrum, inteligência artificial, inventários comportamentais on line, testes psicológicos, assessment, educação continuada, cursos EAD, universidade corporativa, treinamento e desenvolvimento, estudo do clima organizacional, plano de cargos, carreira e remuneração, recrutamento e seleção digital, avaliação de desempenho, um sistema integrado de gestão, avaliação por competências…?
Difícil dizer, escolher ou avaliar o melhor método ou ferramenta que propicie essa potencialização. Contudo, de nada adiantará se ao ser aplicado, não for com um Olhar Humano. É altamente positivo adotar metodologia ágil, por exemplo, com o objetivo de ganhar tempo em reuniões, mas como está sendo desenvolvida e aplicada? Quando se utiliza um inventário comportamental, ele por si só é sua ferramenta de decisão na avaliação de uma pessoa ou você faz questão de conhecer essa pessoa, esse profissional? E quando faz a avaliação de desempenho da sua equipe, apenas mensura e agradece ou escuta o profissional e tenta conhecê-lo para ajudar de fato, na prática com relação aquele feedback? E quando organiza um programa de treinamento, convida ou convoca? E se convoca, qual o motivo de obrigar o profissional a ir a um treinamento? Não é no mínimo estranho que ele não se sinta motivado a desenvolver seus conhecimentos? E ao definir a metodologia de um treinamento, utilizará um método que ficará mais fácil de repassar o conteúdo ou naquele onde todos terão oportunidade de interagir e de fato, aprender? E quando lhe é demandado um processo seletivo, o perfil do cargo é discutido somente no âmbito técnico ou também no comportamental, detalhando o perfil humano que agregará à empresa naquele momento e terá maior probabilidade de realização pessoal e profissional junto aquele gestor e às atividades demandadas?
A área de Gestão de Pessoas é a mais estratégica da sua empresa porque cuida das pessoas e são elas que trabalham para chegarem ao tão esperado resultado da Companhia, mas importante perguntar: como essas pessoas estão sendo cuidadas? Não estou falando aqui de paternalismo, nem de líderes que tratam os colaboradores “passando a mão na cabeça”, não! Estou me referindo a líderes que estão alertas ao movimento natural que se tem hoje, de mensurar e definir indicadores para quase tudo (o que tem seu lado bastante positivo), inclusive o comportamento humano. Contudo, há de se alertar também que as pessoas não são apenas um número no indicador de performance, uma nota na avaliação de desempenho, um dado estatístico na organização. Já conseguiu reter na sua empresa um profissional com comportamento ruim, mas que sempre alcançou ou superou todas as metas? Se respondeu “não”, você encontrou a resposta de como potencializar a sua área de Gestão de Pessoas.
Rose Mary Barbosa é diretora de Negócios da SOMA Desenvolvimento Humano.
