O Shopping Popular está mais perto de passar por uma total reformulação: a Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) do Governo do Distrito Federal (GDF) publicou no Diário Oficial (DODF), nesta terça-feira (21/01/2020), o resultado do chamamento público que lançou em novembro do ano passado.
O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) representa o primeiro passo para definir os contornos da parceria que, depois, será oferecida à iniciativa privada. Em novembro passado, foi a Rodoviária do Plano Piloto, e em dezembro, os restaurantes comunitários que passaram por esta etapa.
No caso do shopping popular, um só consórcio está qualificado, formado pela Fundação Doimo e as empresas Uai Investimentos Infraestrutura Empreendimentos e Incorporações S/A e Mais Invest Empreendimentos e Incorporações S/A. As três entidades têm CNPJ de Belo Horizonte e têm em comum o mesmo presidente, Elias Tergilene, empresário do ramo de venda de móveis.
Elias é fundador da rede de shoppings populares “Uai Shopping“, com oito unidades em Amazonas, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco e criador de um conceito empresarial lançado em 2013, chamado de “shopping favela”. Ele agora terá 90 dias para apresentar seus estudos técnicos, econômico-financeiros e jurídicos para a revitalização/modernização, manutenção e operação do Shopping Popular do DF.
Investidores
“Buscando a parceria com a iniciativa privada, vamos proporcionar a inclusão pelo desenvolvimento social, cultural e econômico, fornecendo produtos, serviços e atendimentos de qualidade de forma segura e rentável aos consumidores, lojistas e também aos investidores”, explicou o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros.
O shopping foi criado em 2008 para receber camelôs e ambulantes que comercializavam suas mercadorias no centro da cidade. São 1.595 boxes, divididos em 4 alas, onde as áreas destinadas à comercialização de alimentos estão localizados nas extremidades da feira. Possui uma conveniência do Banco Regional de Brasília – BRB e um espaço reservado para outra instituição governamental.
Mas o essencial do movimento é provido pelo Detran-DF com seus 34 guichês de atendimento e 6 vagas para vistoria, que ocupam boa parte dos 20 mil m2 da área. Clientes e lojistas, por outro lado, se queixam com frequência da dificuldade de acesso pelo transporte coletivo e da localização distante do Plano Piloto e da Rodoviária.
A segunda fase do processo de PPP não tem custo para os cofres públicos. O edital prevê a possibilidade de ressarcimento dos estudos autorizados a serem realizados pelo consórcio mineiro, até o limite de 2,5% do valor total estimado para os investimentos necessários à implementação do empreendimento ou para os gastos necessários à operação e à manutenção do empreendimento durante o período de vigência do contrato, o que for maior. Mas o responsável pelo pagamento será o vencedor da licitação, quando esta será lançada.
Com informações do Metrópoles DF