Computadores e aparelhos celulares tornaram-se ferramentas fundamentais para que as pessoas possam trabalhar, estudar, interagir e, claro, pagar contas, principalmente durante o isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus.
E no momento em que se recomenda ficar em casa por causa da pandemia, um meio adotado pelos consumidores foi pagar boletos virtualmente e através de links. Assim sendo, houve uma queda no manuseio de dinheiro, de cédulas ou moedas.
Segundo Carlos Fernando de Souza, head de e-commerce da Cielo, a empresa brasileira de serviços financeiros registrou um aumento de 260% nessa forma de pagamento. “Lançamos essa solução em 2017, mas não era tão utilizada quanto agora”, avalia. Atualmente, a Cielo conta com 870 mil clientes já habilitados com o uso solução de pagamento via link.
Para Carlos Fernando, esse número é só o início de um grande progresso: “Vivemos um momento delicado em relação à circulação do dinheiro. A tendencia é que exista uma substituição. O avanço da tecnologia vai contribuir para que essa migração do dinheiro de papel para as transações por meio de links aconteça”.
O head de e-commerce da Cielo avalia que o formato de pagamento virtual ou por links pode ser o mais conveniente para o cliente. “Hoje, pagar algo é muito fácil. Devido à vantagem digital que possui o país, se observa um crescimento de pagamentos on-line via links, aumento da quantidade de transações sem contato, com a tecnologia near field communication [comunicação por campo de proximidade], e maior uso das carteiras digitais”, pontua.
De acordo com estudo da consultoria financeira Bain Brasil, com sede em São Paulo, 48% dos consumidores brasileiros estão dispostos a mudar a forma de fazer pagamentos no pós-pandemia, usando mais cartões e celulares.