A taxa de desemprego total no DF registrou queda de 1% entre julho de 2020 e julho de 2021, de 19,2% para 18,2%, respectivamente. Do número de ocupados com carteira assinada, o DF teve uma alta de 1,7% entre junho e julho deste ano, enquanto os ocupados sem carteira assinada registraram uma queda de 5,1% neste mesmo período, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da área metropolitana de Brasília, referente ao mês de julho.
Os dados foram divulgados nessa terça-feira (31), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A porcentagem de pessoas com 14 anos ou mais que estão inclusas no mercado de trabalho aumentou de 61,5% para 65,4%. Entre junho e julho de 2021, a taxa de desemprego total em Brasília também caiu, de 18,7% foi para 18,2%, diferença de 0,4 p.p.
Das Regiões Administrativas do DF, Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA – Estrutural e Varjão lideram com as maiores taxas de desemprego. Estima-se que 301 mil pessoas continuam desempregadas na capital, ainda assim, são 7 mil a menos que no mês anterior.
As estimativas apontam aumento de 1,4% no nível de ocupação: dado que decorreu da alta no número de ocupados no setor de Serviços (2,1%) e da relativa estabilidade no Comércio e reparação (0,4%) e na Indústria de Transformação (-2,1%). O aumento das ocupações são relacionadas aos 19 mil postos de trabalhos que foram gerados, para 12 mil pessoas economicamente ativas, ou seja, mais vagas para um número menor de concorrentes.
De acordo com a pesquisa, este é o terceiro mês consecutivo em que a taxa de desemprego cai no Distrito Federal. A vacinação contra a Covid-19 e a flexibilização das restrições decorrentes da pandemia são os fatores mais citados quando falamos da retomada da economia na capital federal.
Laila Sousa, de 22 anos, é moradora de Planaltina (DF) e no mês passado conseguiu um emprego como atendente de lanchonete, depois de 1 ano desempregada:
“Um pouco antes da pandemia começar eu já procurava emprego e estava muito difícil encontrar. Me inscrevi em vários sites de vagas para tentar algo e não tinha conseguido até então. Só consegui minha vaga atual por indicação de outra pessoa”, comentou a jovem.
A moradora de Samambaia Sul, Pamella Lorrany, de 25 anos, trabalha com serviços gerais há 2 meses. Ela também só conseguiu a vaga por indicação de outra pessoa e também estava desempregada há cerca de 1 ano: “Eu procurei emprego em diversos locais da cidade, mandei currículos e deixei presencialmente em alguns lugares. Até que me ligaram para uma entrevista esse ano, e graças a Deus, consegui o meu emprego atual”.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Distrito Federal criou 7.665 novas vagas de trabalho formal em julho de 2021, maior número desde fevereiro de 2020. O DF também acumulou um saldo de 34.404 empregos de janeiro até o momento.
Âmbito nacional:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou mais uma edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que une dados populacionais, educacionais, de trabalho, rendimento e habitação. Os dados mostram que a taxa de desocupação no país desceu de 14,7% no primeiro trimestre para 14,1% no segundo trimestre de 2021. A taxa de desemprego para pessoas brancas ficou abaixo da média, com 11,7%, enquanto para negros a taxa ainda é bem maior, com 16,6%. O Centro-Oeste e o Sudeste foram as regiões com maior redução na taxa de desemprego.
Segundo o Caged, os setores de atividade econômica com mais contratações no país foram: Alojamento e alimentação; Indústrias de Transformação; Construção; Comércio; Informação, comunicação e outros. O saldo acumulado do país, no ano de 2021, é de 1.848.304 vagas.
Com informações Jornal de Brasília