O montante de famílias brasilienses com contas em atraso passou de 105.919 em março, para 122.736. Já o endividamento diminuiu em abril em comparação com março e caiu pela terceira vez consecutiva este ano. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio – DF, o número de famílias com algum tipo de dívida na capital passou de 786.885 em março para 773.227 no quarto mês do ano.
O presidente da Fecomércio, Francisco Maia, explicou que a queda das contas em atraso em abril já era esperada, por causa do novo coronavírus que fechou o comércio da capital, no dia 19 de março. “O maior causador de dívidas no DF é o cartão de crédito. Com o comércio fechado e a quarentena imposta na cidade, os consumidores estão gastando menos nesta modalidade de compra. A tendência para os próximos meses é que o número caia ainda mais se a situação continuar a mesma”, concluiu Maia.
Em fevereiro deste ano, 92,7% dos entrevistados afirmaram estar comprometidos com o cartão de crédito, em março e o índice caiu para 91%,8% e agora em abril está em 86,7%. “Algumas pessoas estão com os salários com os salários comprometidos ou perderão o emprego devido a esse cenário incerto. Por ora, elas não terão dinheiro para pagar as contas e ficarão inadimplentes”, concluiu Maia.
O estudo mostra ainda que 5% dos entrevistados afirmaram estar muito endividados; 14,9% mais ou menos endividados; 57,5% pouco endividados e 22,5% não tem dívidas. Dentre os endividados, 33,9% disseram possuir algum tipo de dívida há 30 dias; 38,6% entre 30 e 90 dias e 25,2% acima de 3 meses. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso, e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
ICMS
O governo do Distrito Federal tem adotado medidas para recuperar a arrecadação do DF e ao mesmo tempo socorrer as empresas. Para isso foi prorrogado o prazo para pagamento tanto do ICMS quanto do ISS. A ação faz parte do pacote para minimizar os impactos provocados pelo novo coronavírus. Além disso, encontra-se em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) o Refis, programa de fiscalização estruturado não só na redução de multas e juros, mas na inclusão de desconto do principal, tornando o débito tributário mais fácil de pagar.
Com informações do Jornal de Brasília