O setor imobiliário do Distrito Federal já começa a se organizar para o retorno das atividades após o decreto do governador que permitiu a reabertura das empresas desse mercado. A Associação Brasileira das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF) emitiu orientação para que as empresas disponibilizem, sem custo, seis máscaras reutilizáveis para os funcionários até a próxima quinta-feira (30).
“Essa medida é uma forte recomendação da nossa entidade. Muita gente achava que dar uma única máscara de tecido estava atendendo aos trabalhadores. Não temos poder de fiscalização sobre as empresas, apenas recomendamos”, declara o presidente da Ademi-DF, Eduardo Aroeira Almeida.
“É muito importante a liberação nesse momento, principalmente porque as obras continuam em andamento, e muitas vezes a presença do cliente é necessária para fechar uma venda, por exemplo. O contato desses clientes eram feitos pela internet. Não era possível concretizar formalmente a venda porque não se podia receber o cliente presencialmente na imobiliária”, acrescenta Eduardo.
Com 30 anos de experiência no mercado imobiliário, o dono da Quadraimob, Leonel Alves, de 55, conta que já tem adiantado as prevenções. “A nossa empresa tem 160 corretores associados, além dos gerentes. A gente já está com alguns corretores voltando à normalidade. Os do grupo de risco ou com mais de 60 anos mantemos afastados”, explica. ”A gente também tem mantido as portas totalmente abertas para ter uma circulação maior de ar. E quando o corretor termina o plantão, todas as mesas, cadeiras e pisos são higienizadas”, esclarece o empresário.
Medidas de apoio
Desde a eclosão da pandemia pelo novo coronavírus, a Ademi-DF tem adotado medidas de apoio a incorporadores e construtores, de forma que o setor mantenha suas atividades em um ambiente de segurança sanitária. A mobilização teve início em março e tem sido acompanhada pela entidade, com ampla adesão das empresas. Ao protocolo de segurança e saúde do trabalhador – que já prevê o uso de EPIs, capacetes e outras ferramentas de proteção – foram acrescentadas medidas como maior número de lavatórios, reorganização de turnos e espaços para evitar aglomerações, reorganização de horários para minimizar a exposição do trabalhador nos horários de pico do transporte público e outros.
Há um ano como gerente operacional na imobiliária de Leonel, Vivien Marques, de 39, conta que se sente exposta a um possível contágio do novo coronavírus somente durante o trajeto de casa, em Taguatinga Sul, até o escritório, localizado na Asa Norte. “Utilizo transporte público (metrô e ônibus), e nem todas as pessoas têm consciência e tomam os devidos cuidados. Quanto às condições de trabalho que a empresa oferece, me sinto segura, pois a Quadraimob tem tomado uma série de cuidados tanto com os funcionários, clientes e corretores parceiros”, afirma.
Higienização antes de abrir
O dono da Máxxima Imóveis, em Taguatinga Sul, o empresário Marcos Caçonia, de 50 anos, pretende continuar com o serviço de home office até que o escritório esteja totalmente higienizado. “Até amanhã (hoje), todos os funcionários seguem em sistema home-office. Só reabriremos na segunda. Hoje e amanhã, estamos realizando uma limpeza e higienização a fim de podermos abrir com um pouco mais de tranquilidade. Quanto às orientações, passamos todas que fazem parte da OMS, ou seja, lavar bem as mãos, sempre usar máscaras, e evitar ao máximo o contato mantendo uma distância segura, até para que possamos gerar mais conforto ao cliente”, diz.
O empresário cita a importância dos encontros com clientes, mesmo com a exposição. “Uma vez que a operação de aquisição de um imóvel ainda requer um trabalho e atendimento muito pessoal, existem fases do processo que o presencial é importante e gera uma segurança a mais ao cliente. Acredito que poderemos receber o cliente para entender melhor suas necessidades, bem como passar melhor as informações daquele imóvel, suas condições, falar e explicar melhor sobre oportunidades atuais”, finaliza Marcos.
Desde a eclosão da pandemia pelo novo coronavírus, a Ademi-DF tem adotado medidas de apoio a incorporadores e construtores, de forma que o setor mantenha suas atividades em um ambiente de segurança sanitária. A mobilização teve início em março e tem sido acompanhada pela entidade, com ampla adesão das empresas. Ao protocolo de segurança e saúde do trabalhador – que já prevê o uso de EPIs, capacetes e outras ferramentas de proteção – foram acrescentadas medidas como maior número de lavatórios, reorganização de turnos e espaços para evitar aglomerações, reorganização de horários para minimizar a exposição do trabalhador nos horários de pico do transporte público e outros.
Com informações do Jornal de Brasília