Loja virtual valoriza pequenos produtores do Cerrado e da Caatinga

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Januaria_MG, 19 de Fevereiro de 2019 WWF Mosaico do cerrado. Foto: Marcus Desimoni / NITRO

A biodiversidade do Cerrado e da Caatinga compreende uma gama de produtos de alto valor gastronômico, mas difíceis de encontrar em qualquer loja ou supermercado. Embora já estejamos falando sobre a inclusão de ingredientes como baru, jatobá, pequi e umbu em nossa alimentação há anos, ainda os usamos de forma muito pontual, justamente pela dificuldade de comprá-los.

No entanto, essa barreira pode ser amenizada com o comércio on-line. Nesses tempos de pandemia, estamos aprendendo muito sobre o poder da Internet. Quem ainda não havia se atentado pela ela, ou estava postergando a entrada no mundo do e-commerce, precisou rever os seu modo de trabalho rapidamente para não sucumbir.

A Central do Cerrado, por exemplo, viu a necessidade de levar adiante o projeto de sua loja virtual, devido ao fechamento dos pontos de venda físicos, um em Sobradinho e o outro no Mercado Municipal de Pinheiro, em São Paulo. A plataforma comercializa produtos de Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará e Goiás. Ao todo, são 30 organizações comunitárias envolvidas e mais de 200 itens que agora podem ser recebidos em casa, pelos Correios.

“Com a situação da COVID19 e isolamento social muitas dessas comunidades tiveram o escoamento de sua produção comprometidos. A venda pela loja virtual vai garantir renda às famílias agroextrativistas e manter o Cerrado e Caatinga em pé, conservando a biodiversidade nativa, incentivando a permanência no campo, valorizando a cultura local”, ressalta o secretário-executivo da Central do Cerrado, Luis Roberto Carrazza.

Na prateleira virtual

É possível encontrar um pouco de tudo na prateleira virtual, desde farinhas especiais como a de mesocarpo de babaçu (R$ 15) produzida pela Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Esperantinópolis, no Maranhão, até a de buriti (R$ 50), da cooperativa Grande Sertão de Montes Claros (MG) e o flocão de milho não-transgênico, usado para fazer o tradicional cuscuz (R$ 7), da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (BA). Também da Bahia é a amêndoa de licuri torrada (R$ 7), da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes).

A castanha de baru da cooperativa Copabase (R$35) e a de pequi (R$ 15) não poderiam faltar na lista de iguarias do Cerrado. O pequi também é encontrado em forma de licor, elaborado pela marca familiar Savana Brasil (R$ 70), em óleo, pasta com pimenta e outros itens. Já o coquinho azedo entra na composição da fruit beer (R$ 25) da cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros.

agroindústrias das comunidades de produtores da Central do Cerrado operam observando os cuidados básicos de distanciamento social, uso de máscaras, cuidados redobrados de higienização pessoal, esterilização das estruturas de equipamento e insumos: detalhes também observados pela equipe da Central do Cerrado no preparo e envio dos pedidos da loja virtual.

Além dos produtos, o internauta encontra informações sobre a origem social das comunidades produtoras e a origem territorial. Entre os conteúdos da plataforma estão receitas, fichas técnicas e dicas de uso.

Serviço: Loja virtual da Central do Cerrado 
www.centraldocerrado.org.br
Entregas em todo o Brasil

Foto destaque: Marcus Desimoni/WWF Brasil

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