De acordo com pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), a construção civil foi o setor que mais empregou durante o período de maior gravidade da pandemia do novo coronavírus no Distrito Federal.
“Como o ciclo de construção é de dois a três anos, muitos postos de trabalho são gerados no meio do empreendimento”, explicou o vice-presidente da Ademi-DF, Celestino Fracon Jr.
Conforme o estudo, junho registrou o número mais alto de desempregados na capital. Neste mês, com comércio e shoppings fechados, além de bares, hotéis e restaurantes sem funcionar, 330 mil pessoas estavam sem emprego, o que corresponde a 21,6% da população economicamente ativa. A construção civil, por sua vez, mantinha 47 mil ocupados no período, como pedreiros, engenheiros, mestres de obra, entre outros.
Seis meses depois, a área tem 75 mil contratados, um acréscimo de 59,5%, que contribui para a recuperação da economia no DF e a queda na quantidade de pessoas fora do mercado de trabalho. Em novembro, o percentual de desempregados em território brasiliense caiu para 17,8% – o menor do ano.
Dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, apontam que a taxa de desocupação no Brasil era de 14,3% no trimestre encerrado em outubro.
“O desemprego é uma questão que as empresas do setor sempre acompanham de perto, e é crucial que ele seja reduzido para termos um crescimento sustentável do setor. O mercado imobiliário como um todo caiu de 2014 a 2017 muito porque o desemprego subiu”, disse o vice-presidente da associação imobiliária, Celestino Jr.
Com informações do Jornal de Brasília