Projeto ensina crianças surdas e ouvintes a contar histórias

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Projeto inclusivo “A história que eu vejo” compartilha a arte de contar histórias para crianças ouvintes e surdas, na Escola Bilíngue de Taguatinga. Com a realização de seis oficinas que vão desde a produção de texto até a confecção de objetos cênicos, o programa integra jovens à arte. Ao final, os alunos contam suas histórias em uma experiência prática. “Proporcionar ferramentas e explicações necessárias para que as crianças possam botar em prática sua criatividade é muito recompensador”, destacou o artista Filipe Campos, monitor da oficina de música para a contação de histórias. 

A iniciativa conta com o apoio de sete artistas que atuam em áreas diversas, como música, teatro, literatura e outros. Dois desses profissionais são bilíngues (Libras e Português), o que fortalece ainda mais a democratização dos alunos ao contar histórias em libras. Ao longo dos seis dias de trabalho, os alunos da escola tiveram contato com oficinas de produção textual, libras, objetos cênicos, música e contação de história. 

De acordo com a diretora do projeto, Luciellen Castro, ver as crianças criarem e contarem suas histórias para outras foi uma experiência gratificante. “Nós unimos um projeto pedagógico, que ensina habilidades sociais e artísticas às crianças, com a inclusividade. Arte é para todos e poder se expressar num ambiente seguro, monitorado, garante maior alcance e interação entre as crianças”, afirmou.

O programa também foi engrandecedor para os artistas que também são intérpretes. Segundo Thalita Araújo, arte-educadora bilíngue e consultora de acessibilidade, que atuou nas oficinas, a iniciativa traz aos alunos surdos uma experiência que deve ser constante.

“O acesso à arte e a cultura é fundamental para as pessoas, em geral. Portanto, a surdez ou qualquer outra deficiência, não pode e não é um fator limitante. Nós temos que, cada vez mais, atuar e ampliar nossas formas de comunicação, para englobar todos”, pontuou.

Por fim, as crianças contaram suas histórias. Para o Erick*, a experiência foi positiva. “Aprendi sobre música e teatro e contei minha história para todo mundo”. 

O projeto “A história que eu vejo” é financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Distrito Federal (DF).

*nome fictício.

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