Projeto Socioambiental para mulheres de Goiás ganha prêmio nacional da Embaixada da Espanha

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Divulgação

O projeto socioambiental “Energia das Mulheres da Terra”, do estado de Goiás, ganhou o primeiro lugar no prêmio “Mulheres Rurais, Espanha Reconhece”. A premiação foi promovida pela Embaixada da Espanha, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), ONU Mulheres e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O prêmio recebeu 218 inscrições de todos os estados do Brasil, além do Distrito Federal. Segundo o site oficial da premiação, o objetivo da ação foi reconhecer e fortalecer o protagonismo feminino na agricultura e nos sistemas agroalimentares locais, na geração de renda, proteção do meio ambiente e mitigação das mudanças climáticas, além de valorizar o trabalho das mulheres no que diz respeito às tarefas de cuidado com a família e comunidade.

Sobre o Projeto:

A Rede Energia das Mulheres da Terra é uma rede solidária que atua na qualificação dos processos de produção de grupos de mulheres agricultoras familiares do estado de Goiás por meio da implantação de projetos de energia renovável e recursos hídricos. Ela surgiu da articulação de organizações da Agricultura Familiar, e envolve 42 organizações em 27 municípios do estado de Goiás.

O objetivo é fortalecer os sistemas de produção sustentáveis geridos por mulheres agricultoras, apoiar a produção e disponibilidade de alimentos saudáveis nos mercados locais, melhorar a qualidade de vida e saúde de comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental e contribuir com o desenvolvimento rural sustentável.

O projeto recebeu recursos do Fundo Socioambiental Caixa, por meio da empresa Gepaaf Assessoria Rural, em parceria com a Cooperativa de Trabalho Casa do Cerrado, o Instituto Cooruja, a Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás e uma rede de organizações da Agricultura Familiar do estado.

Foram beneficiadas 92 mulheres agricultoras e 9 organizações de mulheres, entre 2019 e 2023, com a implantação de um conjunto de tecnologias sociais: biodigestores sertanejos em ferrocimento, sistemas de abastecimento de água com energia solar (bomba solar), sistemas de captação e armazenamento de água de chuva, tanques de peixes agroecológicos e sistemas de energia solar fotovoltaica.

A Rede inclui ainda um mecanismo de Fundo Solidário em que grupos de mulheres agricultoras financiam projetos para outras mulheres das mesmas comunidades a partir das economias e da renda gerada pelas tecnologias implantadas.

Os próximos passos do projeto são a captação de recursos para uma nova fase de atividades, “Energia das Mulheres da Terra – Fase 2”, para ampliar estes resultados, amadurecer propostas de políticas públicas de Energias Renováveis para Mulheres Agricultoras e Soberania Alimentar e seguir confrontando e superando barreiras na luta pela igualdade de gênero no campo.

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