As empresas de saúde encheram o carrinho de compras nos últimos anos. Desde que começou a registrar os movimentos de M&A (fusões e aquisições) do setor, em 2001, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu 285 atos de concentração envolvendo os mercados de planos de saúde, de acordo com o estudo publicado pelo órgão antitruste neste mês.
Segundo o levantamento do Cade, o volume de casos aumentou significativamente nos últimos quatro anos, com 31 atos de concentração por ano. O pico foi em 2020, com o órgão registrando 48 notificações.
Dados mostram que a Rede D’Or (RDOR3) foi a empresa do setor que mais se destacou em fusões e aquisições entre 2018 e 2021. Nesse período, a companhia registrou 28 atos de concentração.
A Rede D’Or é um dos nomes cotados para comprar a Amil, operadora de saúde que atualmente conta com 18 hospitais, 2,7 mil leitos e mais de 5,7 milhões de vidas em sua carteira. A SulAmérica (SULA11) e o Bradesco (BBDC4) estão na disputa, mas as principais apostas vão para a Rede D’Or e a Dasa (DASA3).
O grupo NotreDame Intermédica (GNDI3) é a segunda empresa com mais movimentos de fusões e aquisições nos últimos três anos, somando 18 atos de concentração.
O caso mais recente da companhia é o processo de combinação de negócios com a Hapvida (HAPV3). A operação criará a maior operadora de planos de saúde médico-hospitalares do Brasil e a segunda em planos exclusivamente odontológicos. A nova empresa terá um portfólio formado por mais de 13 milhões de beneficiários e número superior a 80 hospitais.
A expectativa de analistas da Genial Investimentos é de que, concluída a fusão entre Hapvida e NotreDame em fevereiro, a agenda de aquisições da companhia resultante da operação enfraqueça.
Completando o pódio, a Dasa, com onze atos de concentração registrados no Cade de 2018 a 2021, ocupa o terceiro lugar do ranking.
Com informações MoneyTimes