A feira Construindo Sua Carreira, realizada na Universidade de Brasília, acontece nos próximos dias 11 e 12 de setembro, e representa uma oportunidade para jovens talentos interessados em iniciar a trajetória profissional e para as empresas que desejam captar a atenção dos futuros estagiários. Pensando na melhor forma de aproveitamento dessas conexões, a Start Carreiras, plataforma de empregabilidade universitária e ferramenta digital da feira, dá dicas para marcas e alunos que marcarão presença no evento e em outras feiras.
Uma pesquisa realizada pela empresa com mais de 20 mil estudantes que circularam em dez feiras de carreiras entre 2023 e 2024 constatou que metade dos alunos que participam desses eventos estão nos dois primeiros anos de faculdade, quando muitos ainda não podem estagiar ou estão à procura do primeiro estágio.
Para Roberta Saragiotto, diretora de People e Strategy na Start Carreiras, o dado sugere que há um número grande de estudantes que participa das feiras para ter esse contato inicial com as empresas e com o mercado de trabalho, para quando estiverem aptos às vagas, terem mais segurança do que procuram.
Diante desse cenário, as empresas devem pensar nas feiras como uma oportunidade de construção de marca empregadora. “A empresa que só vê a feira de carreiras como um evento interessante quando está com vagas abertas perde a chance de se conectar com talentos que, no futuro, lembrarão das empresas com quem conversaram quando ainda estavam se familiarizando com o mercado”, pondera. “Isso também vale para companhias de grande porte. Os alunos vêm de diferentes realidades, e não necessariamente uma empresa relevante dentro de uma cidade ou estado tem o mesmo alcance para estudantes que vêm de outras regiões.”
A diretora também sinaliza que alguns estudantes são tímidos ou têm dificuldade em tomar a iniciativa de falar com os recrutadores nas feiras, então a maneira como a empresa se porta no evento pode mudar o jogo.
“Os representantes das empresas nos estandes devem manter uma postura corporal aberta e convidativa, facilitando para que alunos mais tímidos se sintam confortáveis em iniciar uma conversa. Levar estagiários das próprias empresas, principalmente aqueles que estudaram nas universidades realizadoras das feiras, ajuda a criar uma conexão com os alunos”, ressalta Roberta.
Por fim, a executiva opina que brindes são bem-vindos, mas não obrigatórios — afinal, o interesse maior do aluno é o que a empresa tem a oferecer para o futuro profissional dele.
Perfil dos alunos que vão às feiras de carreiras
Segundo o levantamento da Start, 60% dos alunos que vão às feiras não têm áreas de interesse; entre aqueles que manifestaram vontade de atuar em setores específicos, a engenharia lidera a preferência, seguida por consultoria, tecnologia, empreendedorismo e mercado financeiro, respectivamente.
Além disso, 53% se identificam como homens, enquanto as mulheres correspondem a 44%. Não-binários, homens e mulheres trans e pessoas que se identificam com outro gênero ou preferem não responder equivalem a menos de 3%. Do lado da diversidade, 17% fazem parte do grupo LGBTQIAPN+. No recorte raça e cor, 68% se declararam brancos, seguidos por pardos (19%), pretos (7%), amarelos (5%) e indígenas (menos de 1%).
A pesquisa da Start Carreiras também descobriu que 22% dos alunos que foram às feiras se inscreveram em vagas na plataforma da Start Carreiras até um mês depois do evento.
LEITORES ESTRATÉGICOS
Participem do canal STG NEWS – o portal de notícias sobre estratégia, negócios e carreira da Região Centro-Oeste: https://x.gd/O20wi