Startup brasiliense é premiada pela Fundação Bill & Melinda Gates

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Carlos Menezes, João Moraes e Rafael Rodeiro, fundadores da Ribon. (Imagem: Divulgação)

Uma socialtech – startup com foco social – brasileira é apontada como uma das dez soluções mais criativas e inovadoras do mundo na área de doação diária para caridade pela Fundação Bill & Melinda Gates. Trata-se da brasiliense Ribon, plataforma que surgiu para fomentar a cultura de doação no Brasil, tornando a experiência de doar mais simples, divertida e acessível. Nos seus quatro anos de funcionamento, a startup já ajudou mais de 180 mil pessoas e recebeu investimento da Redpoint eventures.

Além da entidade liderada pelo criador da Microsoft e sua esposa, o ranking teve curadoria a participação da IDEO, um dos maiores estúdios de design no mundo. A lista foi publicada no site da OpenIDEO , comunidade global dedicada a encontrar e divulgar soluções para os mais diversos problemas sociais através de designs inovadores, como parte do “Reimagine Charitable Giving Challange” (“Desafio Reimaginando a Doação para Caridade”, em tradução livre).

No total, 363 projetos se candidataram para análise dos avaliadores do desafio. A Ribon foi a única solução em língua não-inglesa a figurar na lista dos dez melhores no mundo. As outras integrantes do Top 10 são a inglesa HasanaH, as canadenses Give Give Magic, e as norte-americanas DuetCoin UpGiving MultiplierGolden VolunteerCivic Champs e Pinkaloo. Todas elas receberão US$ 10 mil, suporte de refinamento dos designers da IDEO e terão o direito de participar do evento Greater Giving Summit, exclusivo para convidados.

De acordo com a OpenIDEO e a Fundação Bill & Melinda Gates, foram priorizadas soluções para atividades filantrópicas que fossem digitais, centradas no usuário, inovadoras e que tivessem um grande impacto por onde atuam.

“Atuar como startup que trabalha com filantropia em um país que ainda engatinha na cultura da doação individual para causas é um desafio. Entretanto, ter esse reconhecimento que nos indica como um exemplo de futuro para a filantropia global é um sinal que estamos no rumo certo”, afirma Rafael Rodeiro, cofundador e CEO da startup brasiliense.

A Ribon desenvolveu uma estratégia de gamificação para engajar os millennials e a geração Z na cultura da doação. Dentro de um aplicativo disponível para Android, iPhone e desktop, os usuários podem coletar seus “ribons” (moeda virtual usada nas doações) e doá-los gratuitamente para qualquer uma das causas cadastradas na plataforma. As doações são pagas por empresas, fundações e filantropos que colocam seus projetos sociais na Ribon com dois objetivos: trazer mais doadores para se engajarem com seus projetos por meio das doações gratuitas e aumentar o valor destinado a esses projetos por meio das doações pagas.

O resultado é uma comunidade de milhares de pessoas desenvolvendo uma cultura de doação, o que é extremamente necessário para um país como o Brasil, país que ocupa o 74º lugar no ranking mundial de caridade do World Giving Index, posição que não condiz com o poder econômico do país, e muito menos com sua demanda de recursos para desenvolvimento social.

Um exemplo é o Movimento Bem Maior que, em 2020, encabeçou a doação de maior impacto já realizada na plataforma. A organização social fundada pelos empresários Elie HornRubens Menin e Eugênio Mattar – realizou por meio da Ribon uma grande doação de alimentos para a ONG Ação da Cidadania, que naquele momento estava trabalhando com famílias em situação de vulnerabilidade social devido à pandemia do coronavírus. Em cinco meses, 45.523 novos doadores se envolveram com a causa da Ação da Cidadania por meio da plataforma da Ribon, envolvimento esse que aumentou em 68,3% a doação inicial feita pelo Movimento Bem Maior. Em impacto real, os usuários doaram 42.078 refeições para a ONG durante o período em que ela esteve na plataforma. A startup já potencializou, ainda, doações de empresas como Tetra PakCieloKlabin e Centauro. Ao todo, mais de 180 mil pessoas já foram impactadas pelas doações feitas dentro da plataforma.

Fonte: Forbes

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