Trilogia – A virada da minha empresa: Symbiosis Business – Parte 03

Brasilia Empresas

Jornalista, escritor, empresário e bacharel em Economia, CEO da Contemporânea e editor-chefe da revista Leitura Estratégica e da Digital Empresas
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"Todos nós precisávamos de algum auxílio, mas o que nos uniu e fortaleceu foi o nosso compromisso de juntos fazermos algo por outras pessoas." (Imagem: Freepik)

Concluindo nossa trilogia de artigos “A Virada da Minha Empresa”, compartilho uma estratégia que aplicamos que foi inicialmente inspirada em conceito apresentado por Lynn Margulis, professora e bióloga da Universidade de Massachussets, que teve como embasamento a frase da poetisa americana Emily Dickinson: “A vida não dominou o globo pelo combate, mas pela simbiose.”

Como eu mencionei no primeiro artigo desta trilogia, tivemos a grata felicidade de não apenas reestruturar a empresa, salvando-a de uma falência, mas de projetá-la no cenário internacional. E isso aconteceu em meio a um cenário de crise econômica que afetava nossos produtos.

Também inspirado nas ações do Ikigai, pegamos o modelo de grupo social aplicado pelos moradores de Ogimi, um vilarejo Okinawa. Eles se reúnem e formam grupos de cinco pessoas que se ajudam mutuamente. Realizam algo similar aos modelos cooperativos.

Com esses dois conceitos em mãos, criamos o primeiro modelo do Symbiosis Business convidando algumas empresas, uma de cada segmento, para juntos compor um grupo empresarial. Evidentemente que os aspectos ‘qualidade profissional e idoneidade’ eram fundamentais para essa escolha, contudo, o ponto decisivo foi uma característica: as empresas e profissionais convidados realizavam ações sociais. Ficou determinado que juntos desenvolveríamos pelo menos uma ação por semestre em prol de algum trabalho filantrópico.  

Todos nós precisávamos de algum auxílio, mas o que nos uniu e fortaleceu foi o nosso compromisso de juntos fazermos algo por outras pessoas.

Outras regras foram estipuladas, como: cada empresa do grupo divulgava o trabalho das demais para seus clientes, desta forma os clientes de uma empresa passaram a ser potenciais clientes das demais (esta medida resultou em novos trabalhos); cada empresa dentro de suas condições apresentou valores diferenciados para os demais membros do grupo; algumas empresas e profissionais se uniram em projetos em conjunto e também em investimentos.

A “cereja do bolo” veio também pela porta social. Por conta dos resultados do trabalho social desenvolvido pela minha empresa, a iniciativa RePacificar, estávamos sendo reconhecidos em outros países e isto gerou aberturas para rodadas de negócios internacionais. Começamos a organizar o grupo para juntos ganharmos mercado internacional e realizar representatividades no Brasil.

Ao final desta jornada e relatando esta experiência em uma palestra que proferi em Nova York, na John Jay College, em outubro de 2019, uma pessoa da plateia me presenteou com um comentário que eu fiz questão de trazer para todo o grupo: “from zero to hero”, do zero ao herói. Sejamos os heróis da nossa própria história.

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