Varejo em alta: fluxo cresce 7% nos shoppings e faturamento aumenta em janeiro

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Divulgação

O fluxo de visitação em shopping centers começou o ano de 2024 em alta, registrando um aumento significativo de 7% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas lojas físicas, o cenário também foi de crescimento, com uma alta de 3%. Dentro deste contexto, estabelecimentos situados na rua se destacaram com um aumento de 8%, enquanto os localizados em shoppings apresentaram um crescimento de 3%, ambos na mesma base de apuração. Os dados são provenientes da pesquisa IPV (Índices de Performance do Varejo), conduzida pelo venture capital HiPartners Capital & Work em colaboração com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Vendas avançaram

A quantidade de boletos apresentou um aumento notável de 4% para lojas físicas em relação ao mesmo período de 2023. Para os estabelecimentos de rua, esse crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 6%, enquanto os lojistas de shoppings enfrentaram uma leve retração de 0,4%.

Analisando o faturamento médio nominal em nível nacional, observou-se uma variação de 7%. Especificamente, as lojas de rua experimentaram um crescimento significativo de 11%, contrastando com a contração de 0,2% nas lojas de shoppings.

Esse movimento também se refletiu no ticket médio nominal, que apresentou uma alta geral de 3%. As lojas de rua se destacaram novamente com um crescimento de 4,5%, enquanto as lojas de shoppings registraram um aumento mais modesto de 0,2%.

“Além da queda dos juros, o varejo deve continuar a experimentar os efeitos do crescimento da renda nos últimos dois anos. Esperamos que tanto o segmento restrito quanto o ampliado cresçam em 2024, fortalecendo ainda mais o surgimento de tecnologias emergentes e importantes para o desenvolvimento do setor ”, comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners.

Dados por região

A expansão no fluxo de visitação em janeiro de 2024 em lojas físicas (3%), contra mesmo mês de 2023, foi disseminada entre as regiões, apenas com Norte apresentando queda (-19%). A região com destaque positivo foi Centro-Oeste (6%), seguido pelo Sudeste (4%).

Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta para o Brasil (4%) conta com a mesma configuração dos dados de fluxo de visitação: apenas região Norte com queda (-0,1%), mas, neste caso, próximo à estabilidade. Sobre as demais, o destaque positivo fica com o Sul do país (7%), seguido pelo Centro-Oeste (6%).

Quanto ao faturamento nominal, o maior crescimento também foi da região Sul (11%), seguido pelo Sudeste (8%). O Norte também apresentou retração na comparação anual, com queda de 1%. Com exceção do Norte, todas as regiões apresentaram alta no faturamento médio nominal contra mesmo mês do ano anterior. Os destaques positivos ficam com Sudeste e Sul, ambos com 4%.

Fluxo entre setores

O fluxo de visitação contou com alta em três dos quatro setores na comparação com janeiro de 2023. O destaque positivo continua com “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, que apresenta 24% de crescimento, repetindo a sequência de alta vista no ano passado. A maior queda em relação a 2023 foi em “Móveis e eletrodomésticos”, com retração de 4%.

O setor de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” também é destaque em volume de cupons, com crescimento de 12%, e em faturamento, com alta de 18% na comparação com o mesmo mês do período anterior.

Todos os demais setores contaram com retração em vendas e faturamento, sendo que “Móveis e eletrodomésticos” se mantém como o mais afetado em ambos, com -11% e -24%, respectivamente.

“No curto prazo, esperamos que a flexibilização dos juros destrave o crescimento de alguns setores. No caso de veículos, enxergamos um desempenho mais tênue devido à forte alta de 2023, com um maior crescimento na venda de veículos novos, que ainda não se recuperaram da crise dos semicondutores. Já para o segmento de móveis e eletrodomésticos, setor que cresceu 1,0% em 2023 com vendas concentradas na Black Friday, a nossa expectativa é de que os juros em patamares mais confortáveis em conjunção com a queda do endividamento criem um ambiente mais propício para o crescimento ao longo do ano — sobretudo nas vendas de itens da linha branca, que se beneficiam da recomposição do poder de compra da população”, ressalta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Confira mais destaques do levantamento do IPV de janeiro/24:  

  • O índice de Cesta Básica no E-Commerce (ICB-COM) registrou alta de 12% em relação a janeiro/23. Na variação mensal, houve crescimento de 5%.
  • Para o indicador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da cesta básica, que cobre preços em lojas físicas, houve alta de 0,36% na variação mensal de janeiro/24, em São Paulo. No acumulado desde janeiro/23, o índice computa queda de 4%.
  • No volume de vendas, o destaque positivo foi o Sul (7%), seguido pelo Centro-Oeste (6%).
  • No faturamento nominal, o maior crescimento também foi da região Sul (11%), seguido pelo Sudeste (8%).
  • No fluxo de visitantes, Norte (-19%) foi destaque negativo e Centro-Oeste (6%) e Sudeste (4%) se sobressaíram positivamente.
  • O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve alta de 24% em fluxo, 12% em vendas e 18% em faturamento.

Para obter o estudo completo, acesse: www.hipartners.com.br/ipv/.

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