A crise causada pela pandemia do novo coronavírus impactou negativamente alguns setores no Distrito Federal. Em maio, as vendas no comércio caíram 11,63%, e o ramo de serviços, 15,81% em relação ao mês anterior. O turismo teve a maior queda, recuando 52% na comparação com abril. Os dados são da Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada pelo Instituto Fecomércio, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia, diz que o resultado era esperado. “O comércio foi fechado em março por questões de saúde, e parte das lojas começaram a reabrir apenas no fim de maio. Por isso, a queda acentuada nas vendas”, afirma.
Maia explica que entidades tem trabalhado para amenizar os problemas. “A Fecomércio, junto a outras instituições do setor produtivo e ao Governo do Distrito Federal, está trabalhando para estabelecer protocolos e evitar a proliferação do vírus. Os comerciantes também estão atentos e cumprindo as recomendações de saúde. Acredito que, com o tempo, essas medidas vão gerar confiança nas pessoas para que voltem a consumir mais”, completa.
Resultados por setor
A pesquisa ouviu 542 empresários no período de 1º a 19 de junho. O resultado mostra que, dos 15 segmentos do comércio analisados, 11 registraram queda. Foram eles:
Vestuários e acessórios (- 37,04%)
Joalherias (-36,75%)
Calçados (-30,43%)
Papelarias e livrarias (-28%)
Óticas (-16%)
Cosméticos e perfumarias (-15,68%)
Artigos de armarinho, suvenires e bijuterias (-15,24%)
Móveis (-7,75%)
Cama, mesa e banho (-7,75%)
Material de construção (-1,48%)
Autopeças e acessórios (-0,91%)
No setor de serviços, apenas os petshops registraram alta. Os outros seis que tiveram quedas foram:
Manutenção de veículos (-26,67%)
Bar, restaurante e lanchonete (-25,48%)
Promoção de vendas (-24,05%)
Vidraçaria (-14,25%)
Manutenção e serviços em TI (-7,89%)
Atividades de contabilidade (-3,65%)
No setor de turismo a queda foi a mais acentuada:
Serviço de turismo (75,63%)
Agências de viagens (-59%)
Hotéis (-40,45%)
Artigos de viagem (-39,23%)
Em maio, a modalidade de pagamento que mais cresceu foi o cartão de crédito. Nos setores de comércio, serviços e turismo, 42,47% das compras foram feitas com cartão de crédito e 31,65% no dinheiro. As duas modalidades são preferência entre os consumidores do DF e acumularam alta de 74,12%.
Com informações da Fecomércio-DF