Um levantamento inédito mostra que o brasiliense é o mais curioso e engajado na hora de consultar, na internet, as promoções ofertadas nesta semana. De acordo com estudo realizado pelo grupo Bons Investimentos, os brasileiros fizeram 10,6 milhões de buscas com a expressão Black Friday, no último ano, em sites de pesquisa como o Google.
O estudo fez a comparação da quantidade de pesquisas pelo número de habitantes de cada unidade de federação. No topo da lista, ficou o Distrito Federal, com média de 7,4 buscas a cada mil habitantes.Em sequência, estão São Paulo (6,85) e Rio de Janeiro (5,71).
Com data oficial marcada para esta sexta-feira (29/11/2019), a Black Friday ficou na frente de outras comerações. A segunda mais pesquisada pelos internautas do Brasil no último ano foi o Dia das Mães, com 8,4 milhões de buscas.
Black Friday
Os comerciantes do Distrito Federal estão otimistas. O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) espera que o crescimento nas vendas seja de 4% — acima dos 3% calculados para o ano passado.
O sindicato aponta ainda que a data deve levar 400 mil consumidores ao comércio da capital. Neste ano, o DF terá, pelo menos, 1,7 mil lojas participando da Black Friday. De acordo com o Sindivarejista, o número é 10% maior que o de 2018.
Um levantamento do site blackfriday.com.br destaca que o faturamento em Brasília deve ultrapassar a cifra de R$ 96 milhões. No Centro-Oeste, pode chegar a R$ 245 milhões, representando 3% do total nacional.
Ainda segundo a pesquisa, a preferência dos consumidores é pelos smartphones; 37% dos entrevistados devem optar pelo item. Eletrodomésticos aparecem em segundo lugar, com 36%, seguido pelos televisores (29%).
Cuidados
O advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Marchetti, destaca que o consumidor deve ficar atento ao que aparece na rede mundial de computadores. Isso porque nessa época há aumento de crimes virtuais. Ofertas enviadas por e-mail, por exemplo, devem ser analisadas com atenção. Criminosos aproveitam as ofertas de Black Friday para aplicar golpes.
Os mal-intencionados costumam usar e-mails falsos, semelhantes aos de grandes lojas, para roubar informações pessoais, como senhas e dados de cartões de crédito.
Já que a maioria das compras costumam ocorrer por e-commerce, Marchetti dá outras recomendações: verificar se há o cadeado ao lado do endereço eletrônico; e certificar-se de que a loja tem central de atendimento para um contato em caso de problema.
Reclamações
O site Reclame Aqui registrou, na edição do ano passado, 5,6 mil contestações no período — a maioria delas por propaganda enganosa (14,2%). Em segundo lugar, estão os problemas de divergência de valores, com 7,6%. Antes mesmo do início da data oficial, os consumidores já registravam suas queixas no site. Foram 1.164 reclamações 12 horas antes da Black Friday.
Para esses casos, a dica é verificar em plataformas — como o próprio Reclame Aqui e o consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça — sobre o histórico dos estabelecimentos antes mesmo de realizar a compra.
“Na Black Friday, os direitos do consumidor são os mesmos que no restante do ano”, lembra o advogado. Direito a troca, arrependimento dentro do prazo de sete dias estão assegurados, mesmo nessa data especial.
A recomendação do especialista é que, em caso de problemas, o comprador procure a empresa para buscar por um acordo. Caso a situação não se resolva, é possível fazer reclamações em órgãos como o Procon.
Com informações do GPS Lifetime