Há 26 anos, o projeto Cultura Indígena nas Escolas promove interação entre alunos, professores e os Fulni-ô, etnia indígena de Pernambuco. De 17/04 a 22/05, alunos de 20 escolas públicas rurais e urbanas do Distrito Federal e entorno irão conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil e sua nação também através do documentário Curumins e uma vivência com o povo Fulni-ô.
Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF), o projeto “Cultura Indígena nas Escolas” com o Grupo Walê Fulni-ô – segue as diretrizes da lei que determina o ensino de Cultura Indígena nas escolas.
O objetivo desse encontro, de forte caráter socioeducativo, que já realizou mais de 1,3 mil apresentações, é fazer com que a garotada se familiarize com a realidade dos povos que ajudaram a formar a base da sociedade brasileira.
O projeto agora conta com um reforço no conteúdo: o documentário Curumins, disponível no YouTube da Associação Cultura Candanga. O curta, com 17 minutos, mostra como vive o povo Kamayura no Mato Grosso, com aproximadamente 500 indígenas, que vivem da pesca, caça e do que plantam. E o povo Fulni-ô, em Pernambuco, que situa-se no município de Águas Belas, onde os indígenas sobrevivem de artesanatos e de diversos serviços feitos na cidade e na própria aldeia. O intuito é que toda criança tenha acesso ao documentário e passe a entender um pouco mais como vivem as crianças (curumins) indígenas.
A iniciativa é um reconhecimento da importância dos indígenas na formação do povo brasileiro. Atualmente, existem no Brasil 305 etnias indígenas, mostrando a imensa diversidade dessa cultura.
“Queremos que os alunos saiam um pouco dos livros e vivenciem esse contato direto com os indígenas, quebrando preconceitos e estereótipos, levando cultura para as escolas, ouvindo suas histórias e aprendendo um pouco da cultura indígena”, diz o também arte-educador Pablo Ravi coordenador do projeto e diretor do documentário Curumins, “Esse projeto é para que todos possam ter conhecimento de suas raízes, entender um pouco mais sobre a história do Brasil e também servir de exemplo para nossas crianças e professores. Um ganho coletivo para as crianças que aprendem mais e para os indígenas, que podem divulgar sua cultura e vender seus artesanatos, ajudando também financeiramente grande parte da aldeia”, explica.
Com experiência profissional junto à FUNAI – entidade nacional responsável pelos interesses indígenas – Ravi e o arte-educador Daniel Santos fazem um primeiro contato junto às escolas promovendo palestras lúdicas, descontraídas e interativas. A ideia é despertar o senso crítico e trazer novas reflexões sobre a comunidade indígena brasileira.
A segunda etapa é ainda mais divertida, com apresentações de danças, canções e rituais Fulni-ô para alunos, professores e funcionários das escolas, fazendo que todo mundo, literalmente, entre na roda. Brincando, se divertido e interagindo, todos aprendem histórias desse povo e um pouco da língua nativa Yatê.
Para difundir ainda mais os costumes e as tradições da etnia indígena, uma exposição de artesanato será montada durante a passagem do Grupo Walê Fulni-ô pela escola. Uma lembrança marcante dessa experiência poderá ser adquirida com a compra de brinquedos baratos como artesanatos, brincos, apitos, chocalhos, flautas e cocares.
O Grupo Walê Fulni-ô realiza as apresentações culturais e socioeducativas , na rede pública, de manhã e à tarde, até o dia 22 de maio. Demais escolas, que tenham interesse pelo projeto, poderão consultar a disponibilidade na agenda pelo 97400-2725 com Pablo Ravi.
Sobre o Documentário
Título: Curumins (Original)
16 min, ano 2020, Brasil;
Direção: Pablo Ravi / produção: Associação Cultura Candanga / roteiro: Pablo Ravi;
Trilha Sonora: Pablo Ravi;
Elenco: Povo Fulni-ô PE e Povo Kamayura MT.
O documentário Curumins busca desconstruir preconceitos e estereótipos sobre os povos nativos brasileiros, numa linguagem acessível a todos os públicos, especialmente crianças e adolescentes. O filme apresenta dados gerais essenciais, além das particularidades de duas etnias bem diferentes uma da outra: Fulni-ô, que vive em área urbana e Kamayurá – mais isolada- que vive na maior reserva indígena do Brasil, no Parque Indígena do Xingu.
O vídeo traz grande conhecimento interdisciplinar, mas transcende o científico: tem uma mensagem que promove respeito à diversidade. Ao mesmo tempo em que apresenta as singularidades, aproxima indígenas e não-indígenas, porque apresenta a beleza que existe nas trocas entre culturas- em busca de um mundo mais sustentável, mais justo e fraterno.
Serviço
Projeto Cultura Indígena nas Escolas com o Grupo Walê Fulni-ô
Até o dia 22/05
Locais e Horários: Consulte programação no https://www.instagram.com/culturacandangadf/
Projeto gratuito
Informações: (61) 97400-2725
CI- Livre