Uma nova receita para o poder

Danilo Brito

CEO da Agência Quantico, Agência Digital, e Idealista da Startup Yuupe, ferramenta de marketing.
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A nova liderança possui três dimensões principais: situacional, relacional e dinâmica. Confira na coluna de Danilo Brito (Imagem: Pixabay)

Os tempos mudaram e a forma como o mercado se comporta também. Para novas realidades, novas estratégias, visões, forças culturais e organizacionais começam a ser construídas. Segundo a Harvard Business Review, uma das publicações da Harvard Business Publishing, que foca na reflexão inteligente sobre as melhores práticas da gestão de negócios, uma nova receita para o poder da liderança no mundo corporativo está em vigor. Para uma empresa ter sucesso, não basta cuidar apenas da relação entre empresa-clientes, mas principalmente da relação empresa-colaboradores.

A nova receita para uma liderança poderosa não inclui somente a autoridade por estar em um cargo acima, por exemplo. Não é simplesmente exercer controle sobre os outros, sendo o conceito tradicional de poder. Liderança é inspiracional. E essa nova forma de poder e liderança apresentada pela Harvard Business Review, com base em décadas de pesquisa e consultoria com executivos e gerentes, se concentra em suas três dimensões principais: situacional, relacional e dinâmica.

No âmbito situacional, a nova máxima envolve enxergar o poder além de uma qualidade puramente pessoal, derivada de seus papéis e títulos formais, habilidades e experiência; das informações que eles controlam e da reputação que construíram; e de seu carisma, resiliência e energia. Títulos e credenciais podem garantir um lugar à mesa – mas nem sempre são suficientes para o exercício efetivo do poder.

O poder envolve situações e momentos que são vivenciados entre líderes e equipes. Quando um gestor possui a habilidade de enxergar fatores e problemas com empatia, influência e com foco na resolução, a equipe tende a mover no mesmo ritmo. O poder geralmente é mais potente quando mobiliza a paixão – a sua e a dos outros – e quando os objetivos pessoais e as demandas da situação se alinham.

Já no âmbito relacional, a HBR apresenta o poder como fortemente estabelecido pelas relações e interações entre pessoas. Os relacionamentos que você cria com times podem ser uma importante fonte de apoio, aconselhamento, informação e recursos; aqueles que você ignora ou ignora podem aparecer como potenciais pontos de resistência. Isso está muito ligado à cultura: uma cultura organizacional colaborativa constrói lideranças de sucesso.

A base da relação humana está na comunicação, e nutrir relacionamentos é algo de valor. Conheça os pontos fortes e gargalos do seu time, valores e qualidades de todos seus colaboradores e liderados. O objetivo, então, é encontrar maneiras de criar valor para eles e, assim, aumentar a confiança deles em você. Faça um mapeamento do time, converse, conheça e aplique as melhores estratégias voltadas à realidade. Uma liderança de sucesso entende que tudo começa pelas pessoas.

O último fator que envolve a nova receita para o poder é a dinâmica. À medida em que os sistemas e relacionamentos organizacionais ao seu redor mudam, você deve reavaliar e modificar continuamente suas estratégias de influência. Pergunte a si mesmo: Como posso adaptar minhas táticas e estratégias para refletir essas mudanças? Fiz uma pausa para refletir e girar conforme necessário? Quais bases de poder eu preciso para desenvolver mais completamente? Como eu posso fazer isso? Que experimentos em pequena escala eu poderia usar para ajudar a superar a resistência? Como posso usar o tempo para minha vantagem? O que posso fazer agora para facilitar que os outros digam sim no futuro? Todas essas perguntas envolvem o fator dinâmico do poder.

É necessário reinventar-se.

Para que o poder se mantenha efetivo, precisa estar em movimento. Conformar-se com modelos de poder antigos e ultrapassados e acreditar que isso vai manter a máquina girando e o time engajado é perder influência. Pessoas são dinâmicas e a forma de liderar também precisa ser.

Em resumo, afirmo que a nova receita para o poder é entender além do mercado e negócios, títulos e formações: é entender pessoas. Um líder não pode buscar a liderança somente para ganho pessoal, é preciso ter um propósito claro para a equipe envolvida nisso. Os líderes de sucesso e que utilizam a receita de poder envolvem interesses coletivos, com uma abordagem voltada para o relacionamento com suas equipes e são dinâmicos. Que tipo de poder você tem exercido no seu time?

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