ABVE aponta mudanças essenciais para o programa Mover em Brasília

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Reprodução Internet

O presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), Ricardo Bastos, participou na última semana da Audiência Pública da Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos Deputados, que discute o Mover (Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação). O objetivo do encontro foi discutir a Medida Provisória1205/23, que instituiu o Programa.

“O Mover é um avanço nos programas nacionais de apoio ao transporte sustentável e representa uma continuidade em relação às políticas automotivas que o antecederam, como Inovar Auto e Rota 2030. Essa regulamentação mostra que existe uma preocupação com a previsibilidade das regras do governo para o setor automotivo, condição fundamental para assegurar um fluxo contínuo e seguro de novos investimentos no País”, explicou Bastos.

“Os próximos cinco anos estão conectados com o Mover”, afirmou. De acordo com ele, o programa abre a possibilidade de o País produzir componentes de veículos elétricos que atualmente são importados. Um bom exemplo são as baterias que, na sua avaliação, poderão ser produzidos em território nacional em um prazo de até cinco anos.

Ricardo Bastos reforçou três pontos que a ABVE considera essenciais para o programa: calibrar melhor ou eliminar o “pedágio” para acesso aos benefícios de P&D; mudar o conceito de “potência” do veículo para um conceito de descarbonização e eficiência energética; e reintroduzir os veículos levíssimos entre os segmentos que podem se beneficiar dos incentivos do Mover. “Os veículos levíssimos, como patinetes, motos e bicicletas, também precisam se beneficiar dos incentivos tributários do programa’’.

O executivo também aproveitou para lembrar a importância de o Brasil continuar produzindo veículos elétricos. Nos próximos cincos anos, com o Mover, Ricardo Bastos acredita na nacionalização de outros itens, além das baterias. “Se há demanda de veículos elétricos na América Latina ou em outros países, o Brasil tem que fabricá-los localmente. A nossa cadeia de produção é muito importante”, declarou o presidente.

“O Mover segue as diretrizes do atual governo de compromisso com o desenvolvimento sustentável, visando a neoindustrialização do parque industrial do País e, ao mesmo tempo, fomenta a economia verde, por meio do investimento e incentivo à mobilidade e à logística de baixo carbono”, afirmou o deputado Alex Santana (Republicanos-BA), autor do requerimento para a realização da audiência.

Também participaram da audiência: Marlon Arraes Jardim, diretor do SNPGB (Departamento de Biocombustíveis da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia); Adalberto Maluf, secretário nacional de meio ambiente urbano e qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e ex-presidente da ABVE; Margarete Maria Gandini, diretora do departamento de desenvolvimento da indústria de alta-média complexidade, representando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Henry Joseph Junior, diretor técnico da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores); Marcello von Schneider, diretor institucional, representando o presidente da BYD Brasil; Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia); e Edison da Matta, diretor tributário e fiscal da Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

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