A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) calcula que, durante a Covid-19, houve um aumento de 31,8% no número de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares. No âmbito da saúde, enquanto muitos profissionais da área lutam para combater o avanço do coronavírus e salvar vidas, outros estão focados na tarefa de dar continuidade ao tratamento de doenças crônicas, como é o caso da hipertensão, alerta a instituição no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, lembrado no 26 de abril.
Segundo o cardiologista e diretor de Relacionamento com o Mercado do Sabin Medicina Diagnóstica, Bruno Ganem Siqueira, a pressão alta afeta um em cada quatro brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. Ganem acrescenta que mesmo diante da necessidade de distanciamento social, o controle desse problema e de outras doenças crônicas precisa continuar.
A hipertensão aparece quando a medida da pressão arterial fica constantemente acima de 14 por 9 em repouso. A doença faz com que o coração tenha de exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente pelo corpo. Considerada silenciosa, na maior parte dos pacientes ela não apresenta sintomas até que um órgão, como coração, cérebro ou rins, seja lesionado.
Por isso, a pressão alta é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de eventos graves como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), complicações que, segundo a Organização Mundial de Saúde, causam a morte de mais de 9 milhões de pessoas por ano. Se não bastasse, hipertensos, sobretudo aqueles que não se cuidam direito, fazem parte do grupo de risco para quadros severos de Covid-19, explica o diretor de Relacionamento com o Mercado do Sabin Medicina Diagnóstica.
“Nesse cenário, vale ressaltar que é muito importante seguir os protocolos de segurança contra o coronavírus, mas manter a rotina de consultas e exames. Os hipertensos devem tanto evitar o contágio pelo vírus, medida baseada principalmente no isolamento social, como manter os cuidados habituais para o controle da pressão arterial. E aqui me refiro ao uso regular de medicamentos, dieta equilibrada e prática de exercícios” , afirma Bruno Ganem.
Movimento Coração de Mulher
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a pressão alta atinge 60% da população idosa e todos os anos é responsável pela morte de mais de 200 mil pessoas. As mulheres são as principais vítimas. Para contribuir com a mudança dessa realidade, o Grupo Sabin abraçou o movimento Coração de Mulher, uma iniciativa de promoção da saúde no Brasil, disseminação de informação sobre os cuidados com o coração, e que dá luz à urgência dessa causa, principalmente junto ao público feminino. Uma mobilização de sororidade e influência. Para conhecer mais sobre o movimento Coração da Mulher: cuidado a cada batimento, acesse: coracaodamulher.org